Quais são os 3 níveis da cultura de Schein?
Níveis da Cultura Organizacional segundo Schein:
- Artefatos: elementos superficiais observáveis (símbolos, linguagem)
- Valores: crenças e princípios compartilhados
- Suposições básicas: pressupostos implícitos e inconscientes que orientam o comportamento
Desvendando os Icebergs Organizacionais: Os 3 Níveis da Cultura de Schein
A cultura organizacional, muitas vezes invisível, permeia todos os aspectos de uma empresa, influenciando desde a tomada de decisões até a interação entre colaboradores. Compreender seus níveis é crucial para liderar, motivar equipes e promover mudanças efetivas. Edgar Schein, renomado pesquisador na área, propôs um modelo que descreve a cultura em três níveis, comparando-a a um iceberg: artefatos, valores e suposições básicas. Assim como em um iceberg, a maior parte da cultura permanece submersa, invisível a um olhar superficial.
1. Artefatos: A Ponta do Iceberg – O que Vemos e Ouvimos
Este é o nível mais superficial e visível da cultura. Engloba tudo aquilo que podemos perceber sensorialmente ao entrar em uma organização: o layout do escritório, a forma como as pessoas se vestem, o jargão utilizado, os rituais e cerimônias, histórias e anedotas contadas pelos colaboradores, símbolos, logotipos, e até mesmo o tom de voz utilizado nas comunicações. Os artefatos são a manifestação física e tangível dos valores e suposições mais profundas, porém, por si só, não explicam a essência da cultura. Observar um escritório moderno e descolado, por exemplo, não nos diz necessariamente se a empresa valoriza a inovação ou simplesmente segue uma tendência estética.
2. Valores Esposados: Abaixo da Superfície – O que Dizemos Acreditar
Os valores representam os ideais, crenças e princípios que a organização declara valorizar e que supostamente guiam suas ações. São frequentemente explicitados em missões, visões e códigos de conduta. No entanto, é importante distinguir entre os valores “esposados” e os valores “praticados”. Uma empresa pode afirmar valorizar a colaboração, mas na prática, recompensar individualmente, criando uma contradição entre discurso e realidade. Compreender os valores declarados é um passo importante, mas insuficiente para decifrar a cultura organizacional em sua totalidade. É preciso investigar como esses valores se traduzem em comportamentos concretos.
3. Suposições Básicas: O Fundamento Invisível – O que Realmente Acreditamos
No nível mais profundo, encontram-se as suposições básicas. São as crenças inconscientes, pressupostos implícitos e percepções internalizadas que moldam a forma como os membros da organização enxergam o mundo, interagem uns com os outros e tomam decisões. Essas suposições são tão arraigadas que raramente são questionadas ou sequer percebidas pelos próprios indivíduos. Elas influenciam a interpretação dos artefatos e a priorização dos valores. Por exemplo, uma empresa pode ter como suposição básica a crença de que o cliente sempre tem razão, o que influenciará diretamente seus valores de atendimento e os artefatos relacionados, como treinamentos e sistemas de feedback. Desvendar as suposições básicas exige uma análise profunda e, muitas vezes, a ajuda de um olhar externo.
Compreender os três níveis da cultura de Schein é fundamental para diagnosticar problemas, implementar mudanças eficazes e construir uma organização alinhada com seus objetivos. É um processo que vai além da observação superficial e exige uma imersão na dinâmica da empresa, buscando compreender não apenas o que é dito e mostrado, mas principalmente, o que é realmente vivido e acreditado. Assim, é possível navegar com mais segurança pelas águas profundas da cultura organizacional, transformando-a em um diferencial competitivo.
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