O que são emoções segundo Freud?
Para Freud, emoções são complexas e interligadas a impulsos inconscientes. Atualmente, a psicologia as diferencia em dois aspectos: a emoção propriamente dita, manifestação neurofisiológica e motora; e o sentimento, a experiência subjetiva e cognitiva dessa mesma emoção, ou seja, como a vivenciamos internamente.
Emoções segundo Freud: Uma Visão Psicanalítica
Para Sigmund Freud, as emoções não são simples manifestações superficiais, mas sim complexos fenômenos profundamente enraizados no inconsciente. Diferentemente de abordagens mais comportamentais ou cognitivas, a perspectiva freudiana as concebe como intimamente ligadas a impulsos e desejos reprimidos, revelando aspectos da personalidade e do desenvolvimento psíquico.
Apesar da influência freudiana ainda ser relevante, a psicologia contemporânea avançou na compreensão das emoções, descrevendo-as com maior precisão. Hoje, compreende-se que uma emoção se manifesta em dois níveis distintos: o neurofisiológico e o subjetivo.
O primeiro aspecto refere-se à resposta fisiológica e motora que a emoção desencadeia. Batimentos cardíacos acelerados, suor frio, tensão muscular, expressões faciais específicas – são exemplos dessa dimensão objetiva. Freud, em seu arcabouço teórico, reconheceria nessa resposta fisiológica a manifestação de impulsos reprimidos, buscando uma liberação, ou descarga, por meio dessas reações corporais.
Entretanto, a experiência subjetiva da emoção, o sentimento, é um segundo elemento igualmente crucial, e nesse aspecto, a psicologia moderna se distancia da visão freudiana mais radical. A emoção não é apenas um reflexo inconsciente; ela é também experimentada, interpretada e categorizada pelo sujeito. O sentimento é a nossa experiência consciente e subjetiva daquela emoção neurofisiológica. Enquanto a emoção é a “onda”, o sentimento é a “onda sentida pelo nadador”.
Freud, embora não tenha explicitamente separado esses dois componentes, considerava a emoção como um produto da interação entre o id, o ego e o superego. O id, pulsões inconscientes, busca a satisfação imediata, e a emoção, como uma descarga, poderia ser compreendida como uma resposta a essa busca. O ego, por sua vez, tenta mediar entre as demandas do id e as restrições da realidade. E o superego, internalizando valores sociais e morais, influenciaria na forma como a emoção é percebida e vivenciada.
No entanto, a psicologia atual considera que a emoção não é apenas um mecanismo para satisfazer impulsos primitivos, mas também um elemento fundamental na adaptação ao mundo. A emoção, compreendida em sua dupla faceta, neurofisiológica e subjetiva, desempenha um papel crucial na tomada de decisões, na construção de relacionamentos e na experiência da vida em sua totalidade. Sem a capacidade de experimentar emoções, nossa experiência humana seria significativamente empobrecida.
Portanto, embora a perspectiva freudiana tenha sido fundamental para a compreensão das emoções, a visão moderna, integrando elementos neurofisiológicos e subjetivos, oferece uma compreensão mais abrangente e precisa desse complexo fenômeno humano.
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