Qual é o hormônio que faz a paixão evoluir para o amor?

11 visualizações

A oxitocina, frequentemente chamada de hormônio do amor, desempenha papel crucial na transição da paixão para o amor. Sua liberação, intensificada pela proximidade afetiva, é fundamental na formação de vínculos. Em mulheres, sua produção se eleva durante a gravidez, parto e amamentação, reforçando os laços maternos.

Feedback 0 curtidas

A Química do Amor: Como a Oxitocina Transforma Paixão em Afeto

A paixão, com seus fogos de artifício emocionais e a intensa atração física, é uma experiência inegavelmente poderosa. Mas essa fase intensa, impulsionada principalmente por hormônios como a testosterona e a dopamina, raramente se sustenta sozinha. Para que a paixão evolua para um amor duradouro e profundo, outro hormônio entra em cena: a oxitocina.

Frequentemente chamada de “hormônio do amor”, a oxitocina não é a única responsável pela transição, mas desempenha um papel crucial na construção do vínculo afetivo. Enquanto a paixão é marcada por excitação e desejo, o amor envolve confiança, segurança e apego, e é nesse ponto que a oxitocina se destaca.

A liberação de oxitocina não é um evento isolado, mas um processo que se intensifica com a proximidade física e emocional. Abraços, beijos, carícias e, principalmente, o contato visual prolongado, estimulam a produção e liberação desse hormônio, reforçando os laços entre as pessoas. Essa resposta não é unilateral; a interação recíproca e o compartilhamento de momentos íntimos são fundamentais para um ciclo virtuoso de liberação de oxitocina, construindo gradualmente a sensação de confiança e segurança inerentes ao amor.

Mas a ação da oxitocina não se limita à fase romântica. Sua importância se estende para diversos tipos de vínculos afetivos. Em mulheres, a produção de oxitocina aumenta significativamente durante a gravidez, o parto e a amamentação, contribuindo para o fortalecimento do vínculo mãe-bebê. O mesmo princípio se aplica a outros relacionamentos, como os parentais e as amizades profundas, onde o contato físico e a interação afetiva promovem a liberação desse hormônio, cementando os laços.

É importante ressaltar que a transição da paixão para o amor não é um processo linear, nem exclusivamente dependente da oxitocina. Fatores como compatibilidade de valores, comunicação, respeito mútuo e a capacidade de lidar com conflitos desempenham um papel fundamental nessa evolução. A oxitocina, porém, atua como um catalisador, criando uma base neuroquímica para a formação de laços afetivos profundos e duradouros. Ela reforça o sentimento de pertencimento, aumenta a empatia e facilita a confiança, elementos essenciais para um relacionamento amoroso saudável e estável. Em resumo, a oxitocina não cria o amor, mas contribui significativamente para que a paixão se transforme em um amor mais duradouro e significativo.