Quais são as gírias mais usadas no momento?

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Gírias populares no Brasil incluem crush, lacrar e sextou. Há também termos antigos, regionais (como sussá carioca) e de determinados grupos sociais. Gíria difere de calão, jargão e expressões populares.

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Mais que “Sussa”: Desvendando a Fluidez das Gírias Brasileiras em 2024

A língua portuguesa brasileira é um organismo vivo, em constante mutação. E uma das suas manifestações mais dinâmicas e reveladoras dessa vitalidade é o uso de gírias. Se antigamente “legal” e “maneiro” reinavam supremos, hoje a variedade é tão vasta que acompanhar as tendências se tornou um desafio até para os falantes mais jovens. Mas afinal, quais são as gírias que ditam o ritmo da comunicação informal no Brasil em 2024? A resposta, como veremos, não é simples, e depende de diversos fatores.

A ideia de uma lista definitiva de gírias “mais usadas” é, em si, uma simplificação. A popularidade de um termo varia de acordo com a região geográfica, a faixa etária, o grupo social e até mesmo a plataforma online utilizada. O que é “hit” no TikTok pode ser completamente desconhecido em um grupo de WhatsApp de profissionais mais velhos.

No entanto, podemos identificar algumas tendências e exemplos representativos. Termos como “crush” (paquera, paixão platônica), apesar de já terem algum tempo de uso, continuam firmes e fortes, mostrando a capacidade de algumas gírias de transcenderem modismos passageiros. Outros, como “lacrar” (superar expectativas, causar impacto), embora tenham perdido um pouco da força inicial, ainda são compreendidos e utilizados, principalmente em contextos específicos. O “sextou”, que marca a chegada da sexta-feira e o fim da semana de trabalho, também permanece popular, embora sua utilização esteja se tornando mais previsível e até um pouco cansativa para alguns.

Para além desses exemplos mais conhecidos, a internet, principalmente as redes sociais, é um criatório constante de novas gírias. Expressões surgidas em memes, challenges e comunidades online ganham vida própria e se espalham rapidamente, muitas vezes com vida curta, tornando-se obsoletas em questão de meses. Acompanhar esses fenômenos exige estar atento à cultura digital em tempo real.

É importante diferenciar gírias de calão, jargões e expressões populares. O calão geralmente possui conotação negativa ou vulgar, enquanto o jargão é próprio de uma determinada profissão ou grupo especializado. Expressões populares, por sua vez, possuem um uso mais amplo e são consideradas parte do léxico formal, embora possam apresentar variações regionais. As gírias, por sua vez, situam-se em um espectro entre a informalidade e a vulgaridade, sendo utilizadas principalmente em contextos informais e buscando expressar ideias de forma criativa e muitas vezes irônica.

Em conclusão, a busca pelas gírias “mais usadas” é uma jornada em constante movimento. Ao invés de uma lista estática, é mais preciso falar em um fluxo dinâmico, onde termos antigos coexistem com neologismos, regionismos e expressões próprias de subculturas. A observação atenta da comunicação informal, aliada ao acompanhamento das tendências digitais, é a chave para decifrar esse código linguístico tão peculiar e vibrante que é o universo das gírias brasileiras.