Como colocar um verbo no pretérito mais-que-perfeito?

Como Formar o Pretérito Mais-que-Perfeito do Indicativo

O pretérito mais-que-perfeito do indicativo expressa uma ação concluída antes de outra ação passada. É um tempo verbal complexo, mas compreensível se entendermos seu funcionamento. Diferentemente do que muitos pensam, não se baseia em regras de conjugação específicas para cada verbo, mas em um processo lógico de acréscimo de terminações ao radical.

A chave está no radical do verbo e nas terminações específicas.

Não existe uma tabela de conjugações para o mais-que-perfeito, como acontece com o presente, pretérito perfeito ou imperfeito. A formação se dá por meio da adição de terminações ao radical do verbo. Essas terminações, por sua vez, variam de acordo com a pessoa gramatical do sujeito (eu, tu, ele, nós, vós, eles). E é nesse ponto que a regularidade entra em cena: a terminação se mantém consistente para um determinado radical.

Identificando as terminações:

A regra geral para formar o pretérito mais-que-perfeito é acrescentar a terminação adequada ao radical do verbo, dependendo da sua terminação no infinitivo:

• Verbos terminados em -ar: Adiciona-se a terminação -ara (ou -asse, em alguns contextos específicos, que serão abordados em outro artigo). Exemplo: amar (radical: am-) > eu amara, tu amaras, ele amara, nós amáramos, vós amáreis, eles amaram.

• Verbos terminados em -er: Adiciona-se a terminação -era (ou -esse, em alguns contextos). Exemplo: comer (radical: com-) > eu comera, tu comerias, ele comera, nós coméramos, vós coméreis, eles comeram.

• Verbos terminados em -ir: Adiciona-se a terminação -ira (ou -isse, em alguns contextos). Exemplo: partir (radical: part-) > eu partira, tu partiras, ele partira, nós partíramos, vós partíreis, eles partiram.

Importância do Radical:

O radical do verbo é fundamental. É a parte invariável do verbo, que permanece a mesma ao longo da conjugação em diferentes tempos verbais. É ele que receberá a terminação específica do pretérito mais-que-perfeito.

Considerações Finais:

O pretérito mais-que-perfeito, embora pareça complexo, se resume a um acréscimo preciso de terminações ao radical do verbo. A chave para seu uso correto está na identificação precisa do radical verbal e na escolha da terminação correta correspondente à pessoa do verbo. É importante praticar a conjugação, buscando entender as nuances do contexto e a diferença entre –ara, –era, –ira e as formas com -esse e -isse. Compreender a lógica por trás do processo simplifica a tarefa de conjugar esse tempo verbal.