Como está classificado o substantivo?

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Os substantivos são palavras que dão nome a tudo: seres, coisas, emoções e locais. Variam em gênero (masculino/feminino), número (singular/plural) e grau (aumentativo/diminutivo). São classificados em diversas categorias, como substantivos comuns, que se referem a seres da mesma espécie, coletivos, que indicam grupos, e próprios, que individualizam.

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Desvendando os Substantivos: Uma Classificação Detalhada

Os substantivos são as palavras que povoam nosso mundo linguístico, dando nome a tudo que nos cerca: desde objetos concretos como “mesa” e “árvore”, até sentimentos abstratos como “amor” e “saudade”. Eles são peças fundamentais para a construção do sentido, permitindo-nos identificar e categorizar a realidade. Para entendermos melhor seu funcionamento, é crucial compreender sua classificação, que vai além da simples divisão em gênero, número e grau. Embora essas flexões sejam importantes, elas representam apenas uma faceta da riqueza dos substantivos.

A classificação mais conhecida divide os substantivos em comuns, próprios, concretos, abstratos, primitivos, derivados, simples e compostos, além dos coletivos. Vamos explorar cada uma dessas categorias:

1. Comuns e Próprios:

  • Comuns: Designam seres da mesma espécie, sem individualizá-los. Exemplos: cidade, pessoa, animal, país.
  • Próprios: Nomeiam seres específicos, individualizando-os. Geralmente são grafados com letra maiúscula. Exemplos: São Paulo, Maria, Rex, Brasil.

2. Concretos e Abstratos:

  • Concretos: Referem-se a seres que existem independentemente de outros, sejam eles reais ou imaginários. Podemos percebê-los com os sentidos ou concebê-los como entidades com existência própria. Exemplos: cadeira, fada, dragão, sol.
  • Abstratos: Nomeiam qualidades, ações, estados, sentimentos e sensações, que dependem de outros seres para existir. Exemplos: beleza, corrida, tristeza, frio.

3. Primitivos e Derivados:

  • Primitivos: São a base para a formação de outras palavras. Não derivam de nenhum outro substantivo da língua portuguesa. Exemplos: pedra, livro, flor, dente.
  • Derivados: São formados a partir de outros substantivos, acrescentando-se prefixos ou sufixos. Exemplos: pedreira (de pedra), livraria (de livro), floricultura (de flor), dentista (de dente).

4. Simples e Compostos:

  • Simples: Formados por apenas um radical. Exemplos: chuva, casa, mão, sol.
  • Compostos: Formados por dois ou mais radicais. Exemplos: guarda-chuva, passatempo, pontapé.

5. Coletivos:

Designam um conjunto de seres da mesma espécie. Embora estejam no singular, representam uma pluralidade. Exemplos: alcateia (de lobos), cardume (de peixes), constelação (de estrelas), biblioteca (de livros).

Além dessas classificações principais, podemos mencionar ainda os substantivos epicenos, sobrecomuns e comuns de dois gêneros:

  • Epicenos: Possuem um único gênero gramatical para designar animais de ambos os sexos, sendo a distinção feita pela palavra “macho” ou “fêmea”. Exemplos: a cobra (macho ou fêmea), o jacaré (macho ou fêmea).
  • Sobrecomuns: Possuem um único gênero gramatical para designar pessoas de ambos os sexos. Exemplos: a criança (masculino ou feminino), a vítima (masculino ou feminino).
  • Comuns de dois gêneros: Possuem uma única forma para ambos os gêneros, sendo a distinção feita pelo artigo que os acompanha. Exemplos: o/a estudante, o/a artista.

Compreender as nuances da classificação dos substantivos é essencial para um domínio mais profundo da língua portuguesa, permitindo-nos não apenas nomear o mundo ao nosso redor, mas também construir frases mais precisas e expressivas. A riqueza dessas categorias reflete a complexidade da nossa capacidade de representar a realidade através da linguagem.