Como evitar a DISORtOGrAFIA?

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Para combater a disortografia, é fundamental estimular a criança a soletrar palavras desafiadoras antes de escrevê-las. Além disso, criar listas com palavras de mesma família, como casa, casamento, casebre, ajuda a entender a estrutura das palavras. Por fim, treinar a leitura, cronometrando o tempo que a criança leva para ler o mesmo texto durante uma semana, contribui para a fluência e o reconhecimento de padrões ortográficos.

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Desvendando a Ortografia: Estratégias Práticas para Combater a Disortografia

A disortografia, dificuldade persistente na escrita correta de palavras, afeta muitas crianças e adultos. Embora não haja uma “cura mágica”, a boa notícia é que com estratégias adequadas e consistentes, é possível minimizar significativamente seus efeitos e promover a fluência ortográfica. Este artigo foca em abordagens práticas e inovadoras, indo além das sugestões comuns, para auxiliar pais e educadores nesse desafio.

1. Muito Além do Soletrar: Desconstruindo a Palavra:

Sim, soletrar é importante, mas focar apenas na memorização mecânica de letras é insuficiente. A chave está em desconstruir a palavra. Em vez de simplesmente soletrar “casamento”, por exemplo, incentive a criança a identificar a raiz (“casa”), os prefixos e sufixos (“-mento”), e a analisar como esses elementos se combinam para formar o significado. Utilizar jogos de formação de palavras, com letras magnéticas ou blocos de construção, pode tornar esse processo mais divertido e eficaz. Explore diferentes estratégias, como:

  • Análise Morfológica: Dividir a palavra em suas partes constitutivas (raiz, prefixo, sufixo) e explorar o significado de cada uma delas.
  • Etimológica: Explorar a origem da palavra, mostrando sua evolução e significado histórico (apesar de não ser indicado para todas as idades, pode ser bastante motivador para crianças mais velhas).
  • Comparação com palavras semelhantes: Comparar palavras com ortografia similar, destacando as diferenças e semelhanças (“casa”, “caça”, “calça”).

2. Famílias de Palavras: Uma Rede de Conhecimento:

Criar listas de palavras da mesma família é fundamental, mas vá além da simples lista! Transforme esse exercício em uma atividade criativa. Por exemplo, com a família de “casa”, peça à criança para desenhar cada palavra, criando uma pequena história que as conecte. Ou utilize as palavras para construir frases, rimas ou até mesmo um pequeno texto. A associação da palavra com imagens e contextos facilita a memorização e a compreensão do padrão ortográfico.

3. Leitura Imersiva: Mais Que um Simples Exercício:

A leitura é crucial, mas a mera leitura passiva não basta. Apresente desafios que estimulem a compreensão e a análise:

  • Leitura Cronometrada, porém Adaptativa: Acompanhe o tempo de leitura, mas não apenas para comparar tempos semanais. Analise os trechos onde a criança apresenta maior dificuldade e concentre-se em revisitar essas partes, utilizando diferentes técnicas de leitura (leitura em voz alta, leitura silenciosa, leitura com perguntas de compreensão).
  • Leitura Compartilhada e Dialogada: Ler junto com a criança, discutindo o significado das palavras, explorando o vocabulário e fazendo perguntas sobre o texto. A interação promove a compreensão da leitura e o reconhecimento de padrões ortográficos.
  • Exploração de Gêneros Textuais Diversos: Exposição a diferentes estilos de escrita (notícias, contos, poemas, etc.) amplia o repertório ortográfico da criança.

4. Tecnologia a Favor da Ortografia:

Diversos aplicativos e softwares educativos oferecem jogos e atividades divertidas para aprimorar a ortografia. Explore as opções disponíveis, escolhendo aquelas que se adaptam ao nível e às necessidades da criança. Lembre-se que a tecnologia deve ser um complemento, e não a única ferramenta utilizada.

5. Paciência e Adaptação:

A jornada para superar a disortografia requer paciência, persistência e adaptação. Observe a criança, identifique suas dificuldades específicas e ajuste as estratégias conforme necessário. O importante é criar um ambiente de aprendizado positivo e estimulante, onde a criança se sinta segura para errar e aprender com seus erros. Celebrar os progressos, por menores que sejam, é fundamental para manter a motivação.

Lembre-se que o acompanhamento profissional, seja de um psicopedagogo ou fonoaudiólogo, é imprescindível para diagnósticos precisos e a elaboração de um plano de intervenção personalizado. Este artigo oferece apenas sugestões complementares a um tratamento adequado.