Como saber se o que é sujeito ou complemento direto?

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O sujeito indica sobre quem/o que se fala; o complemento direto completa o sentido de um verbo transitivo. É fácil distinguir um do outro pela função na frase.

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Sujeito e Complemento Direto: Uma Distinção Essencial na Gramática

A distinção entre sujeito e complemento direto é fundamental para a compreensão da estrutura de uma frase na língua portuguesa. Embora ambos sejam elementos essenciais para a construção de sentido, suas funções sintáticas são diferentes e, por vezes, podem gerar confusão. Este artigo visa esclarecer essa diferença, fornecendo exemplos práticos e métodos para identificar cada elemento com clareza.

A confusão entre sujeito e complemento direto muitas vezes surge da semelhança aparente entre eles: ambos podem ser representados por substantivos, pronomes ou orações. No entanto, a chave para a diferenciação reside na função que cada um desempenha na frase.

O Sujeito: É o elemento da oração sobre o qual se declara algo. Ele pratica ou sofre a ação verbal, sendo o agente ou o paciente da ação. Para identificá-lo, pergunte-se: “Quem é que…?” ou “O que é que…?” antes do verbo. A resposta será o sujeito.

Exemplos:

  • A menina brincou no jardim. (Quem brincou? A menina – Sujeito)
  • O livro estava sobre a mesa. (O que estava sobre a mesa? O livro – Sujeito)
  • Choveu muito ontem. (O que choveu? Choveu – Sujeito [oração sem sujeito explícito])
  • Fazer exercícios físicos é benéfico para a saúde. (O que é benéfico? Fazer exercícios físicos – Sujeito [oração substantiva])

O Complemento Direto: Completa o sentido de um verbo transitivo direto, ou seja, um verbo que exige um complemento sem preposição. Ele sofre a ação verbal expressa pelo verbo. Para identificá-lo, pergunte ao verbo “Quem?” ou “O quê?”. A resposta, sem preposição, será o complemento direto.

Exemplos:

  • Eu li o livro. (Eu li o quê? O livro – Complemento Direto)
  • Ela comprou uma casa nova. (Ela comprou o quê? Uma casa nova – Complemento Direto)
  • Nós vimos o filme. (Nós vimos o quê? O filme – Complemento Direto)
  • A professora corrigiu as provas. (A professora corrigiu o quê? As provas – Complemento Direto)

Diferenciando Sujeito e Complemento Direto na Prática:

A melhor forma de distinguir um do outro é analisar a transitividade verbal e a relação entre o verbo e seus complementos. Observe:

  • Verbos intransitivos: Não exigem complemento. A frase possui apenas sujeito. Exemplo: Ele correu.
  • Verbos transitivos diretos: Exigem complemento direto (sem preposição). Exemplo: Ela comeu a maçã. (Maçã = CD)
  • Verbos transitivos indiretos: Exigem complemento indireto (com preposição). Exemplo: Ele gosta de música. (De música = CI)
  • Verbos transitivos diretos e indiretos: Exigem ambos os complementos. Exemplo: Ela deu o livro ao amigo. (Livro = CD; ao amigo = CI)

Casos mais complexos:

A identificação pode ser mais desafiadora em frases com voz passiva ou com pronomes. Na voz passiva, o sujeito da voz ativa se torna o agente da passiva (introduzido por “por” ou “de”), enquanto o complemento direto da voz ativa se torna o sujeito da voz passiva.

Conclusão:

A correta identificação do sujeito e do complemento direto é fundamental para uma análise sintática precisa. Através da observação da transitividade verbal e da utilização das perguntas adequadas, é possível diferenciar esses elementos essenciais da oração, garantindo uma compreensão mais profunda da estrutura e do significado das frases em português. A prática constante é a melhor maneira de dominar essa distinção.