Como saber se o verbo é indicativo ou subjuntivo?

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Os modos verbais indicativo e subjuntivo expressam diferentes nuances. O indicativo declara fatos e certezas, como em Discursa muito bem. O subjuntivo, por sua vez, indica desejos, possibilidades e dúvidas.

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Desvendando o Mistério: Indicativo ou Subjuntivo?

A distinção entre o modo indicativo e o modo subjuntivo é fundamental para a compreensão e a produção de textos em português. Embora ambos expressem ações verbais, suas nuances semânticas são distintas, refletindo diferentes graus de certeza, possibilidade e realidade. A confusão entre eles, no entanto, é comum, especialmente para quem está em processo de aprendizado da língua. Este artigo visa elucidar essa diferença, fornecendo ferramentas práticas para a identificação de cada modo verbal.

A chave para distinguir o indicativo do subjuntivo reside na atitude do falante em relação ao fato expresso pelo verbo.

O Modo Indicativo: A Certeza e a Realidade

O modo indicativo apresenta os verbos como fatos concretos, reais, certos ou apresentados como verdadeiros pelo falante. Ele expressa certeza, afirmação, constatação. Observe os exemplos:

  • “Ela canta lindamente.” (Afirmação de um fato)
  • “Choveu muito ontem.” (Constatação de um fato passado)
  • “Amanhã viajarei para o Rio de Janeiro.” (Previsão com alta probabilidade de se concretizar, apresentada como fato futuro)
  • “Nós estudamos gramática.” (Ação passada concluída)

Note que, em todos esses casos, a ação verbal é apresentada como certa, sem dúvida ou hipótese.

O Modo Subjuntivo: A Dúvida, a Possibilidade e o Desejo

O modo subjuntivo, ao contrário, expressa incerteza, dúvida, possibilidade, desejo, hipótese ou condição. Ele apresenta a ação verbal como algo não-realizado, dependente de uma condição ou desejável. A sua utilização é frequentemente associada a orações subordinadas adverbiais (causais, concessivas, condicionais, temporais, etc.) e substantivas (objetivas diretas, subjetivas, etc.).

Vejamos alguns exemplos:

  • “Quero que ela cante.” (Desejo)
  • “É importante que você estude.” (Necessidade, algo desejável)
  • “Talvez chova amanhã.” (Possibilidade, incerteza)
  • “Ainda que chova, iremos à praia.” (Concessão, hipótese)
  • “Se eu tivesse dinheiro, viajaria.” (Condição, hipótese)

Em todos esses exemplos, a ação verbal não é apresentada como um fato certo, mas sim como algo possível, desejável, hipotético ou dependente de uma condição.

Dicas Práticas para Identificação:

  • Contexto: Analise a frase como um todo. O contexto frasal é fundamental para a identificação do modo verbal.
  • Palavras que indicam subjuntivo: Observe a presença de conjunções e locuções conjuntivas que frequentemente introduzem orações subjuntivas (ex: que, se, embora, ainda que, caso, a menos que, para que, desde que, etc.).
  • Verbos auxiliares: Verbos como “é preciso”, “é necessário”, “é importante”, “talvez”, “acaso”, “quem sabe”, frequentemente introduzem orações subjuntivas.
  • Sentido da frase: Pergunte-se: a ação verbal é apresentada como um fato certo ou como algo incerto, desejável, hipotético?

Dominar a diferença entre o indicativo e o subjuntivo exige prática e observação. A leitura atenta de textos e a constante aplicação das regras contribuem significativamente para a internalização dessas nuances gramaticais. Com tempo e dedicação, a distinção entre esses modos verbais se tornará natural e intuitiva.