Como se conjuga no pretérito imperfeito?

Desvendando o Pretérito Imperfeito do Conjuntivo: Uma Abordagem Simples e Eficaz

O pretérito imperfeito do conjuntivo é um tempo verbal que expressa ações hipotéticas, duvidosas ou irreais no passado. Sua conjugação, muitas vezes vista como complexa, pode ser simplificada com uma abordagem estratégica, focando na relação com o pretérito perfeito do indicativo. Esquecer a memorização pura e simples e entender a lógica por trás da formação das formas verbais é a chave para o domínio desse tempo.

Ao contrário do que muitos pensam, não existe uma conjugação específica e independente para cada verbo no pretérito imperfeito do conjuntivo. A formação desse tempo se baseia em uma derivação, utilizando como ponto de partida o pretérito perfeito do indicativo. Esse processo, embora simples, requer atenção aos detalhes.

O Segredo está na 3ª Pessoa do Plural:

A base para a construção do pretérito imperfeito do conjuntivo reside na terceira pessoa do plural (-ram) do pretérito perfeito simples do indicativo. A partir daí, a mágica acontece:

1. Remoção do sufixo -ram: O primeiro passo é simplesmente remover o sufixo “-ram” da forma verbal na 3ª pessoa do plural do pretérito perfeito simples do indicativo. Por exemplo, no verbo cantar, a 3ª pessoa do plural do pretérito perfeito é “cantaram”. Ao remover “-ram”, ficamos com “cant”.

2. Adição das desinências: Em seguida, adicionamos as desinências características do pretérito imperfeito do conjuntivo:

   • -sse: Para a 1ª e 3ª pessoa do singular (eu e ele/ela/você).
   • -sses: Para a 2ª pessoa do singular (tu).
   • -ssemos: Para a 1ª pessoa do plural (nós).
   • -ssem: Para a 3ª pessoa do plural (eles/elas/vocês).

Exemplo prático com o verbo cantar:

Considerações importantes:

• Verbos irregulares seguirão a mesma lógica, mas a base pode variar. Por exemplo, no verbo ser, a 3ª pessoa do plural do pretérito perfeito é “foram”. Retirando “-ram”, a base é “fo”, resultando em “fosse”, “fosses”, “fôssemos” e “fossem”.
• A conjugação na segunda pessoa do plural (vós) é considerada arcaica na língua portuguesa contemporânea.
• A prática é fundamental. A melhor forma de dominar o pretérito imperfeito do conjuntivo é através da prática constante, conjugando diversos verbos e utilizando-os em frases.

Ao compreender a relação intrínseca entre o pretérito perfeito do indicativo e o pretérito imperfeito do conjuntivo, a conjugação deixa de ser um obstáculo e se torna um processo lógico e facilmente assimilável. Com a prática e a aplicação desta metodologia, a utilização correta deste tempo verbal deixará de ser um desafio.