Como se conjuga um verbo no modo conjuntivo?

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Para conjugar um verbo no Pretérito Imperfeito do Conjuntivo, remova a terminação -ram da 3ª pessoa do plural do Pretérito Perfeito Simples do Indicativo e acrescente as terminações -sse, -sses, -sse, -ssemos, -ssem.

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Desvendando o Pretérito Imperfeito do Conjuntivo: Mais que uma Regra, uma Arte!

Embarcar na jornada da conjugação verbal em português pode parecer, à primeira vista, uma expedição árdua. São tantos tempos, modos e regras que, por vezes, a clareza se esvai em meio a tantas informações. Mas não se desespere! Hoje, vamos desmistificar o Pretérito Imperfeito do Conjuntivo, um tempo verbal essencial para expressar hipóteses, desejos e situações incertas no passado.

Esqueça a ideia de que conjugar verbos é pura memorização. A beleza da língua reside na sua lógica interna, e o Pretérito Imperfeito do Conjuntivo não é exceção. A regra que você mencionou, de remover o “-ram” da 3ª pessoa do plural do Pretérito Perfeito Simples do Indicativo e adicionar as terminações “-sse, -sses, -sse, -ssemos, -ssem”, é um excelente ponto de partida, mas vamos explorá-la em profundidade e enriquecê-la com nuances e exemplos.

Onde encontramos o Pretérito Imperfeito do Conjuntivo?

Antes de nos aprofundarmos na técnica, é fundamental entender o contexto em que esse tempo verbal se manifesta. Ele geralmente aparece em orações subordinadas, expressando:

  • Hipóteses e condições irreais no passado: Se eu tivesse estudado mais, teria passado na prova. (A ação de estudar mais não aconteceu, portanto a consequência também não).
  • Desejos e expectativas não realizadas no passado: Queria que ele viesse à festa. (Ele não veio).
  • Sentimentos de dúvida, incerteza ou surpresa em relação a eventos passados: Era estranho que ele não soubesse a resposta. (Expressa surpresa pelo fato dele não saber).
  • Após expressões como “como se”, “quem me dera”, “tomara”: Ele agia como se fosse o dono do mundo. Quem me dera que ela estivesse aqui!

Desvendando a Regra: Passo a Passo para a Conjugação Perfeita

Vamos destrinchar a regra com exemplos práticos, utilizando verbos regulares e alguns irregulares comuns:

  1. Encontre a 3ª pessoa do plural do Pretérito Perfeito Simples do Indicativo:

    • Falar: Eles falaram
    • Comer: Eles comeram
    • Partir: Eles partiram
    • Ser: Eles foram
    • Fazer: Eles fizeram
  2. Remova a terminação “-ram”:

    • Falaram -> Fala-
    • Comeram -> Come-
    • Partiram -> Parti-
    • Foram -> Fo-
    • Fizeram -> Fize-
  3. Acrescente as terminações:

    • Falar: Eu falasse, tu falasses, ele falasse, nós falássemos, vós falásseis, eles falassem.
    • Comer: Eu comesse, tu comesses, ele comesse, nós comêssemos, vós comêsseis, eles comessem.
    • Partir: Eu partisse, tu partisses, ele partisse, nós partíssemos, vós partísseis, eles partissem.
    • Ser: Eu fosse, tu fosses, ele fosse, nós fôssemos, vós fôsseis, eles fossem.
    • Fazer: Eu fizesse, tu fizesses, ele fizesse, nós fizéssemos, vós fizésseis, eles fizessem.

Atenção às Exceções!

Embora a regra funcione para a maioria dos verbos, existem algumas exceções importantes, principalmente entre os verbos irregulares. Nesses casos, a 3ª pessoa do plural do Pretérito Perfeito Simples do Indicativo pode não ser um ponto de partida confiável.

Dicas Extras para Dominar o Pretérito Imperfeito do Conjuntivo:

  • Pratique! A repetição é fundamental para internalizar a regra e os padrões de conjugação.
  • Leia e observe! Preste atenção ao uso do Pretérito Imperfeito do Conjuntivo em textos literários, artigos e notícias. Observe o contexto e a função que ele desempenha.
  • Crie suas próprias frases! Experimente usar o Pretérito Imperfeito do Conjuntivo em diferentes situações para se familiarizar com seu significado e uso.
  • Não tenha medo de errar! O aprendizado é um processo contínuo, e os erros são oportunidades de aprendizado.

Conjugação verbal não precisa ser um bicho de sete cabeças! Com prática, atenção e um pouco de curiosidade, você estará dominando o Pretérito Imperfeito do Conjuntivo em pouco tempo. E lembre-se: o importante é comunicar-se de forma clara e eficaz. A gramática é uma ferramenta para alcançar esse objetivo, não uma barreira. Boas práticas e bons estudos!