Como se dividem os substantivos comuns?

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Substantivos comuns designam seres em geral, podendo ser singular ou plural, e masculino ou feminino. A palavra cidade, por exemplo, é um substantivo comum, diferente de Paris, que é próprio. Sua classificação engloba diversos tipos, incluindo concretos, abstratos e coletivos, dependendo do que nomeiam.

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A Divisão dos Substantivos Comuns: Uma Análise Profunda

Os substantivos comuns, pilares da estrutura da língua portuguesa, nomeiam seres de forma genérica, distinguindo-se dos substantivos próprios que designam seres específicos (ex: cidade x São Paulo). Mas a classificação dos substantivos comuns não se limita a essa distinção básica. Sua diversidade se manifesta em diferentes categorias, criando um sistema rico e complexo que merece uma análise detalhada. Nesta abordagem, evitaremos redundâncias com informações já presentes na internet, focando em nuances e exemplos menos explorados.

1. Substantivos Comuns Concretos e Abstrato: Uma Questão de Tangibilidade

A primeira grande divisão se dá entre substantivos concretos e abstratos, critério baseado na possibilidade de percepção sensorial. Substantivos concretos nomeiam seres que podem ser percebidos pelos sentidos – tato, visão, audição, olfato ou paladar. A variedade aqui é imensa: mesa, árvore, vento, cheiro, música. Note que “vento” e “música”, embora não palpáveis da mesma forma que uma mesa, podem ser sentidos.

Já os substantivos abstratos designam conceitos, sentimentos, qualidades e estados, sendo, portanto, intangíveis. Aqui reside a riqueza da língua, pois expressa o mundo interior e as relações complexas entre os seres: amor, tristeza, justiça, esperança, inteligência. A linha divisória nem sempre é nítida. “Dor”, por exemplo, é um substantivo abstrato que pode manifestar-se fisicamente, tornando a classificação dependente do contexto.

2. Substantivos Comuns Coletivos: A Unidade na Pluralidade

Substantivos coletivos representam um conjunto de seres da mesma espécie, atribuindo-lhes uma unidade. Eles são importantes para evitar a repetição e conferir elegância à escrita. Embora indiquem pluralidade, gramaticalmente permanecem no singular. A diversidade desta categoria é notável: alcatéia (lobos), bando (pássaros), floresta (árvores), arquipélago (ilhas), constelação (estrelas). É crucial observar a relação intrínseca entre o substantivo coletivo e os seres que ele representa para entender seu uso adequado. Não se pode falar em “uma alcatéia de cachorros”, pois a relação semântica se quebra.

3. Substantivos Comuns Simples e Compostos: A Estrutura da Palavra

A estrutura da palavra também oferece um critério de classificação. Substantivos simples são formados por um único radical, como casa, lua, sol. Já os substantivos compostos resultam da junção de dois ou mais radicais, podendo ser escritos de forma justaposta (girassol), com hífen (beija-flor) ou aglutinada (passatempo). A formação dos compostos pode gerar nuances semânticas interessantes e merece um estudo mais aprofundado.

4. Substantivos Comuns Próprios: Um Limbo Semântico

Existe uma zona cinzenta entre os substantivos comuns e os próprios. Alguns substantivos comuns, por uso frequente, podem assumir valor próprio, referindo-se a um ser específico dentro de um contexto determinado. Imagine “o Papa” ou “a Lua” em um contexto astronômico específico. Nestes casos, a natureza do substantivo dependerá totalmente do contexto em que ele é empregado, exigindo uma análise semântica detalhada.

Em conclusão, a classificação dos substantivos comuns não é uma tarefa simples. A diversidade de critérios e a possibilidade de sobreposição entre categorias exigem uma análise atenta ao contexto e à semântica da linguagem. Compreender essas nuances é fundamental para o domínio da língua portuguesa e para a produção de textos claros, precisos e expressivos.