Como se escreve trouxeres?

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Trouxe é a primeira pessoa do singular do pretérito perfeito do indicativo do verbo trazer. Sua formação irregular se mantém em outras conjugações desse tempo e, também, no pretérito imperfeito do subjuntivo (trouxesse) e futuro do subjuntivo (trouxer). A raiz troux- indica a irregularidade verbal.

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O Enigma do “Trouxeres”: Uma Imersão na Flexão Verbal Irregular do Verbo Trazer

A língua portuguesa, rica em suas nuances e irregularidades, frequentemente nos apresenta desafios na hora de conjugar verbos. Um desses desafios, aparentemente trivial, reside na conjugação do verbo “trazer” no pretérito perfeito do indicativo, mais especificamente na segunda pessoa do plural: “trouxeres”. A forma “trouxes” é frequentemente utilizada incorretamente no lugar de “trouxestes”, mas “trouxes” não existe, mesmo que pareça lógica a sua existência.

A dificuldade em entender a forma correta “trouxeres” reside na sua aparente falta de lógica em comparação com outras conjugações regulares. Ao contrário de verbos como “amar” (amei, amaste, amou, amamos, amastes, amaram), “trazer” apresenta uma raiz irregular (“trouxs-“) que permeia todo o pretérito perfeito do indicativo. Essa raiz irregular, responsável pela formação de “trouxe”, “trouxe”, “trouxe”, “trouzemos”, “trouxeis” e “trouxeram”, não segue o padrão regular de acréscimo de desinências (-i, -ste, -u, -mos, -stes, -ram).

A forma “trouxeres”, portanto, não é uma invenção arbitrária. Ela representa a conjugação da segunda pessoa do plural, mantendo a coerência com a raiz irregular “trouxs-” e a desinência característica da segunda pessoa do plural no pretérito perfeito do indicativo (-es). O uso do “e” antes do “s” é uma característica essencial da conjugação desse tempo verbal, diferenciando-a, por exemplo, da conjugação no pretérito imperfeito do subjuntivo, onde teríamos “trouxésseis”.

A memorização da forma “trouxeres” é fundamental para a escrita correta e precisa. A tentação de criar analogias com conjugações regulares pode levar a erros, reforçando a importância do estudo da conjugação completa do verbo trazer, em todas as suas nuances e tempos verbais. A regularidade aparente de outros verbos não se aplica a “trazer”, um exemplo claro de como a língua portuguesa desafia a busca pela previsibilidade na sua estrutura.

Em suma, “trouxeres” não é um erro de digitação ou uma forma arcaica. É a forma gramaticalmente correta para a segunda pessoa do plural do pretérito perfeito do indicativo do verbo trazer, um pequeno enigma que ilustra a beleza e a complexidade da nossa língua. A sua compreensão demonstra um domínio mais profundo das irregularidades verbais e contribui para uma escrita mais precisa e elegante.