Como se faz o conjuntivo?
A formação do pretérito imperfeito do conjuntivo é simples: retire a terminação -ram da 3ª pessoa do plural do pretérito perfeito do indicativo. Acrescente, então, as desinências -sse, -sses, -sse, -ssemos, -ssem ao radical restante.
Desvendando o Modo Subjuntivo: Mais que uma Conjugação, uma Expressão de Possibilidades
O subjuntivo, frequentemente considerado o “calcanhar de Aquiles” da gramática portuguesa, expressa desejos, hipóteses, dúvidas, possibilidades e conjecturas. Diferente do indicativo, que afirma fatos concretos, o subjuntivo navega pelo universo das incertezas e subjetividades. Dominá-lo é essencial para uma comunicação precisa e rica em nuances. Este artigo, portanto, propõe uma abordagem prática e descomplicada para a formação do modo subjuntivo, indo além da simples regra da “retirada do -ram”.
A formação do subjuntivo, em muitos casos, se baseia, sim, na terceira pessoa do plural do pretérito perfeito do indicativo. Contudo, entender a lógica por trás dessa construção é crucial para internalizar o processo e aplicá-lo corretamente. Pensemos no verbo “falar”:
- Pretérito Perfeito do Indicativo (3ª pessoa do plural): falaram
- Radical: fala (após a retirada do “-ram”)
A partir desse radical, adicionamos as desinências modo-temporais específicas do subjuntivo:
- Pretérito Imperfeito do Subjuntivo:
- eu falasse
- tu falasses
- ele/ela/você falasse
- nós falássemos
- vós falásseis
- eles/elas/vocês falassem
Mas a “regra do -ram” não é universal. Verbos irregulares no pretérito perfeito do indicativo, como “ser” e “ir”, requerem atenção especial:
- Verbo “Ser”: O pretérito perfeito do indicativo (3ª pessoa do plural) é “foram”. Note que o radical “for” não vem diretamente da retirada do “-ram”. A partir daí, forma-se o pretérito imperfeito do subjuntivo: fosse, fosses, fosse, fôssemos, fôsseis, fossem.
- Verbo “Ir”: O pretérito perfeito do indicativo (3ª pessoa do plural) é “foram” (igual ao verbo “ser”). O pretérito imperfeito do subjuntivo também é igual: fosse, fosses, fosse, fôssemos, fôsseis, fossem.
Além do Pretérito Imperfeito:
O subjuntivo não se limita ao pretérito imperfeito. Ele possui outros tempos e modos, como o presente, o futuro e as formas compostas. A formação desses tempos também segue padrões específicos, que, apesar de relacionados ao indicativo, possuem suas particularidades. Por exemplo, o presente do subjuntivo frequentemente se baseia na primeira pessoa do singular do presente do indicativo, como em “eu falo” (indicativo) e “que eu fale” (subjuntivo).
A importância do contexto:
Compreender o contexto em que o subjuntivo é utilizado é fundamental. Ele é acionado por conjunções subordinativas que expressam dúvida, hipótese, desejo, concessão, finalidade, etc. Reconhecer essas conjunções, como “se”, “que”, “embora”, “para que”, “ainda que”, facilita a identificação e a correta conjugação do verbo no subjuntivo.
Portanto, dominar o subjuntivo vai além da memorização de regras. Envolve compreender a sua essência expressiva e o contexto em que se insere. A prática constante, aliada à observação atenta da língua em uso, é o caminho mais eficaz para incorporar essa ferramenta poderosa ao seu repertório linguístico.
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