Como se referir aos graus de autismo?
O Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais 5 (DSM-5) classifica o autismo em três níveis de suporte, não graus. Nível 1: exige apoio; nível 2: requer apoio substancial; e nível 3: necessita apoio muito substancial. Essa classificação reflete as necessidades de suporte do indivíduo para comunicação, interação social e comportamentos repetitivos.
Como descrever as necessidades de suporte em autismo? Entendendo os níveis de suporte do DSM-5
O autismo é um espectro complexo, e uma das maiores dificuldades encontradas, tanto por profissionais quanto pelo público em geral, está em entender como descrever as diferentes manifestações da condição. Frequentemente, ouve-se falar em “graus” de autismo, mas essa terminologia, embora popular, não reflete precisamente a forma como a comunidade científica classifica a condição. O Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais 5 (DSM-5) utiliza a classificação por níveis de suporte, e é crucial compreender essa distinção para uma comunicação mais precisa e inclusiva.
Em vez de “graus” de autismo, o DSM-5 apresenta três níveis de suporte para descrever as necessidades específicas de cada indivíduo. Esses níveis não refletem uma hierarquia de gravidade ou “melhora”, mas sim, as demandas de suporte necessárias para que a pessoa com autismo possa desenvolver seu potencial e ter uma vida plena. Eles são baseados nas necessidades de suporte na comunicação social, na interação social e em comportamentos repetitivos e restritos.
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Nível 1: Exige apoio. Indivíduos neste nível podem apresentar dificuldades na comunicação social, mas com apoio, conseguem se comunicar efetivamente. A interação social pode ser desafiadora, mas com intervenção adequada, podem participar de ambientes sociais. Comportamentos repetitivos podem existir, mas não causam interferência significativa na rotina. Em muitas situações, o suporte necessário pode ser discreto, como orientação em conversas ou estratégias para lidar com ambientes complexos.
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Nível 2: Requer apoio substancial. Este nível caracteriza-se por dificuldades mais acentuadas na comunicação social e na interação social. A comunicação pode ser limitada e as interações sociais demandam um maior suporte. Comportamentos repetitivos e restritos são mais pronunciados, podendo interferir de forma mais significativa na rotina e nas habilidades de participação em situações do dia-a-dia. O indivíduo precisa de um maior suporte para se comunicar eficazmente, interagir em ambientes sociais e realizar tarefas diárias.
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Nível 3: Necessita apoio muito substancial. Indivíduos deste nível apresentam dificuldades extremamente significativas em todas as áreas: comunicação social, interação social e comportamentos repetitivos e restritos. A comunicação pode ser extremamente limitada e as interações sociais podem ser muito restritas, demandando um alto grau de suporte para participar de qualquer situação. Comportamentos repetitivos e restritos podem causar impactos importantes na vida diária, e a necessidade de apoio para todas as atividades é muito alta.
É importante ressaltar que a classificação por níveis de suporte não é estática. O desenvolvimento e as necessidades de um indivíduo com autismo podem mudar ao longo do tempo, e isso influencia a necessidade de ajustes no suporte. A compreensão dos níveis de suporte é crucial para que profissionais e familiares possam oferecer o apoio mais adequado e personalizado, promovendo o desenvolvimento e a qualidade de vida do indivíduo com autismo. Em vez de focar em rótulos, é fundamental olhar para as habilidades e potencialidades de cada pessoa, reconhecendo a diversidade dentro do espectro do autismo.
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