O que é gramática normativa exemplo?
A gramática normativa ensina as regras da língua portuguesa padrão, usadas em avaliações e textos formais. Ela define o que é considerado correto em termos de escrita e fala.
Além da Regra: Explorando a Gramática Normativa e suas Nuances
A gramática normativa é frequentemente apresentada como um conjunto rígido de regras a serem seguidas cegamente, um guia inflexível para a escrita e a fala “corretas”. Mas essa visão simplificada obscurece a complexidade e a própria evolução da língua portuguesa. Este artigo busca desvendar o que realmente constitui a gramática normativa, apresentando-a não como um dogma, mas como um sistema que, embora essencial, demanda compreensão e nuance.
A afirmação básica é inquestionável: a gramática normativa descreve as regras da língua portuguesa padrão, aquela utilizada em contextos formais como provas escolares, documentos oficiais, artigos científicos e trabalhos acadêmicos. Ela estabelece o que se considera “correto” sintaticamente, morfologicamente e ortograficamente, fornecendo parâmetros para a escrita e, em menor extensão, para a fala formal. Pensar nela como um “manual de boas maneiras” linguísticas é uma aproximação útil, mas incompleta.
Exemplos de aplicação da gramática normativa:
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Concordância verbal e nominal: A gramática normativa prescreve que o verbo deve concordar em número e pessoa com o sujeito (“Eu sou, você é, nós somos“). Da mesma forma, o adjetivo deve concordar com o substantivo em gênero e número (“O livro novo“, “As casas novas“). A violação dessas regras, embora frequente na linguagem informal, é considerada incorreta na gramática normativa.
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Regência verbal: A gramática normativa define a relação entre o verbo e seus complementos. Por exemplo, o verbo “assistir” pode significar “ver” (transitivo indireto, regendo a preposição “a”: “Assisti ao filme”) ou “prestar assistência” (transitivo direto: “Assisti o doente”). A escolha incorreta da preposição constitui erro gramatical.
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Colocação pronominal: A posição dos pronomes oblíquos átonos (me, te, se, o, a, lhe, nos, vos, os, as, lhes) em relação ao verbo é regida por regras específicas. A ênfase na gramática normativa, geralmente, recai na forma culta, evitando-se, por exemplo, o uso de ênclise em início de frase (“Me disseram que…”).
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Ortografia: A ortografia, parte fundamental da gramática normativa, define as regras de escrita das palavras, incluindo acentuação, hífen e uso de maiúsculas e minúsculas.
A Gramática Normativa e a Linguagem Real:
É crucial entender que a gramática normativa não descreve a totalidade da língua portuguesa. Ela se concentra na variedade padrão, muitas vezes ignorando as variações regionais, socioculturais e estilísticas. A linguagem utilizada no dia a dia, na comunicação informal, frequentemente diverge da norma culta. Reconhecer essa distinção é fundamental para evitar uma visão reducionista e prescriptiva da língua. A gramática normativa deve ser vista como um guia para a escrita formal, não como um julgamento de valor sobre outras formas de expressão linguística.
Em resumo, a gramática normativa é um instrumento valioso para a comunicação escrita formal, fornecendo um conjunto de regras que garante clareza, precisão e uniformidade. No entanto, sua compreensão requer um olhar crítico e consciente, levando em conta sua função e limites, sem perder de vista a riqueza e a diversidade da língua portuguesa em sua totalidade.
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