Porque não usar gerúndio?
O gerundismo é um vício de linguagem que resulta do uso excessivo e inadequado do gerúndio. Ele surge da transformação desnecessária de um verbo em sua forma nominal, prejudicando a clareza e a elegância da frase, tornando-a arrastada e redundante. Sua eliminação contribui para uma escrita mais concisa e eficaz.
Adeus, Gerúndio: Por que Evitar o “Estar + Verbo -ndo”?
O gerúndio, essa forma nominal do verbo terminada em “-ndo” (ex: estando, fazendo, andando), é uma ferramenta poderosa da língua portuguesa, mas, como qualquer ferramenta, seu uso inadequado pode gerar resultados desastrosos. O chamado “gerúndio” – na verdade, o uso excessivo e incorreto do gerúndio – se tornou um vilão da escrita e da fala moderna, criando frases arrastadas, redundantes e, muitas vezes, sem sentido. Este artigo não propõe a eliminação completa do gerúndio, mas sim a conscientização sobre seu uso inadequado e a busca por alternativas mais precisas e elegantes.
A principal razão para evitar o gerúndio em excesso é a redundância. Frases como “Estava indo para casa quando choveu” trazem uma informação supérflua. O verbo “ir” já carrega em si a ideia de movimento contínuo; o “estava indo” apenas alonga a frase sem acrescentar significado real. A versão mais concisa e elegante seria: “Ia para casa quando choveu”.
Outro problema frequente é o uso inadequado com verbos de estado. Expressões como “Estou gostando do filme” são gramáticamente corretas, mas soam artificiais e pouco naturais. A preferência recai em construções mais diretas, como “Gosto do filme”. O gerúndio, nestes casos, impõe uma ênfase desnecessária na duração da ação, tornando a frase menos precisa.
A ambiguidade também é um risco. Em frases como “Ele saiu correndo”, a interpretação é clara. Já em “Ele estava saindo correndo”, há uma ligeira ambiguidade: ele estava no processo de sair e estava correndo, ou ele estava saindo de algum lugar enquanto corria? A versão mais concisa elimina essa dúvida.
Além destes pontos, o gerúndio excessivo contribui para a prolixidade, tornando o texto pesado e cansativo para o leitor. Um texto conciso e direto é sempre mais impactante e eficiente na transmissão da mensagem.
Em vez de “Estamos analisando a proposta e estamos aguardando a sua resposta”, opte por: “Analisamos a proposta e aguardamos sua resposta”. A diferença é sutil, mas a segunda opção é mais dinâmica e direta.
Em suma, o problema não reside no gerúndio em si, mas no seu emprego indiscriminado. A chave para uma escrita mais eficaz está na escolha cuidadosa das palavras e na busca por construções sintáticas mais concisas e elegantes. Antes de usar o gerúndio, pergunte-se: é realmente necessário? Existe uma alternativa mais direta e precisa? Se a resposta for não, evite-o. Priorize a clareza, a concisão e a elegância da sua escrita. O seu leitor – e a sua mensagem – agradecerão.
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