Quais palavras estão no infinitivo?
Os verbos substitutos terminam em r, indicando que os verbos originais, como LER, DAR, ESTAR, VIR, CRER, VER, DORMIR, SENTIR e CONSEGUIR, também estão no infinitivo.
Desvendando o Infinitivo: Mais que apenas “R” no Final
A identificação do infinitivo verbal em português frequentemente se resume a uma regra simples: verbos terminados em “-r”. Contudo, essa percepção, embora útil como ponto de partida, é incompleta e pode levar a equívocos. Este artigo visa aprofundar o entendimento do infinitivo, esclarecendo sua definição e nuances além da mera terminação gráfica.
A afirmação de que verbos como “ler”, “dar”, “estar”, “vir”, “crer”, “ver”, “dormir”, “sentir” e “conseguir” estão no infinitivo por terminarem em “-r” é parcialmente verdadeira, mas carece de uma análise mais abrangente. A terminação “-r” é, de fato, um indicador forte, mas não a única característica definidora.
O infinitivo, na verdade, representa a forma nominal do verbo, ou seja, a forma que funciona como um substantivo ou adjetivo, sem conjugação temporal ou modal. Ele expressa a ação verbal de maneira pura e abstrata, sem indicar tempo, pessoa ou número. Assim, a terminação em “-r” é consequência dessa forma nominal, não sua definição.
Para compreender melhor, considere os seguintes aspectos:
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Formas compostas: O infinitivo também pode apresentar-se em formas compostas, como “ter lido”, “haver dado”, “ter estado”. Essas formas, embora não terminem em “-r”, ainda se classificam como infinitivos, pois expressam a ação verbal de forma nominal, indicando a ação de “ler” concluída, “dar” concluído, etc. A terminação “-r” aqui se encontra no verbo auxiliar (“ter” ou “haver”).
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Infinitivo impessoal: Expressões como “é preciso estudar” ou “convém partir” utilizam o infinitivo sem sujeito explícito, o que reforça sua natureza nominal e sua independência de conjugação pessoal.
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Infinitivo pessoal: Por outro lado, o infinitivo pode assumir a flexão de pessoa, como em “para eu estudar”, “para ti seres feliz”. Apesar da flexão, sua natureza nominal permanece, indicando a ação verbal de forma substantivada.
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Funções sintáticas: A versatilidade do infinitivo é evidente em suas diversas funções sintáticas. Ele pode funcionar como:
- Sujeito: Ler é fundamental.
- Objeto direto: Desejo viajar.
- Complemento nominal: Tenho vontade de comer.
- Predicativo: Meu objetivo é estudar.
- Adjunto adverbial: Saiu para trabalhar.
Em resumo, embora a terminação “-r” seja um excelente indicativo, definir o infinitivo apenas pela presença deste sufixo é uma simplificação excessiva. O infinitivo deve ser compreendido como uma forma nominal do verbo, independente de tempo e pessoa, capaz de exercer diversas funções sintáticas, e cuja forma, mesmo que composta, expressa a ação verbal de forma abstrata. A terminação em “-r”, portanto, é um sintoma do infinitivo, e não sua essência.
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