Quais são as 7 tipologias textuais?

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As tipologias textuais categorizam textos pela estrutura e recursos linguísticos empregados, ou seja, pela forma de escrita. Apesar de alguns autores considerarem sete tipos, a classificação mais comum contempla seis tipologias fixas e imutáveis: narrativa, descritiva, expositiva, argumentativa, injuntiva e prescritiva.

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Desvendando as Tipologias Textuais: Mais do que Seis, uma Abordagem Completa

A classificação dos textos em tipologias auxilia na compreensão de sua estrutura e finalidade comunicativa. Embora a maioria das fontes aponte seis tipologias textuais principais – narrativa, descritiva, expositiva, argumentativa, injuntiva e prescritiva –, uma análise mais aprofundada revela nuances que justificam a inclusão de uma sétima categoria, enriquecendo a compreensão do universo textual. Este artigo explora essas sete tipologias, buscando clareza e evitando sobreposições com informações já amplamente disponíveis na internet, focando na distinção sutil entre algumas categorias e na apresentação de exemplos práticos.

1. Narrativa: Caracteriza-se pela apresentação de fatos ocorridos em determinada ordem temporal, com personagens, enredo, espaço e tempo definidos. Prioriza a ação e a sucessão de eventos, muitas vezes com foco em um conflito e sua resolução. Exemplo: Contos, novelas, crônicas, romances.

2. Descritiva: Visa retratar algo, seja pessoa, objeto, lugar ou sentimento, com riqueza de detalhes. Apresenta características, qualidades e propriedades, utilizando adjetivos e comparações para construir a imagem mental no leitor. Exemplo: Descrição de um personagem em um romance, descrição de uma paisagem em um poema, descrição de um produto em um catálogo.

3. Expositiva: Tem como objetivo principal informar, explicar ou esclarecer um tema, apresentando dados, conceitos e informações de forma objetiva e clara. Busca a neutralidade, evitando opiniões ou julgamentos. Exemplo: Artigos científicos, reportagens, textos didáticos, definições de dicionário.

4. Argumentativa: Visa persuadir o leitor a adotar um determinado ponto de vista, defendendo uma tese por meio de argumentos e provas. Utiliza recursos retóricos para convencer, como exemplos, dados estatísticos, citações e analogias. Exemplo: Artigos de opinião, ensaios, discursos políticos, propagandas.

5. Injuntiva: Instrui o leitor a realizar uma ação, fornecendo comandos e orientações. Utilizam verbos no imperativo ou infinitivo, com linguagem clara e direta. Exemplo: Receitas culinárias, manuais de instrução, regulamentos, avisos.

6. Prescritiva: Similar à injuntiva, mas com foco em normas e regras a serem seguidas, muitas vezes com caráter obrigatório ou recomendável. Possui tom mais formal e impessoal. Exemplo: Leis, regulamentos, normas técnicas, prescrições médicas.

7. Dialogal: Esta categoria, frequentemente omitida em classificações mais concisas, caracteriza-se pela interação entre dois ou mais interlocutores. A linguagem é informal e marcada pela alternância de turnos de fala, podendo apresentar diferentes tipos de discurso (direto, indireto, indireto livre). Exemplo: Conversas, entrevistas, peças teatrais, chats online. Esta tipologia se destaca pela sua dinamicidade e interação, algo ausente nas tipologias mais estruturadas.

É importante ressaltar que, na prática, raramente encontramos textos puros de uma única tipologia. Muitas vezes, as tipologias se misturam e se complementam, criando textos híbridos que combinam características de duas ou mais categorias. A identificação da tipologia predominante é crucial para a compreensão do texto e sua finalidade comunicativa. Compreender a sutileza entre as categorias, especialmente a distinção entre injuntiva e prescritiva e a inclusão da dialogal, enriquece a análise textual e possibilita uma leitura mais completa e eficaz.