Quais são os erros de português mais comuns?
Em Portugal, erros comuns incluem a confusão entre devido a e derivado a, cumprimento e comprimento, houve e houveram, trás e traz, mal-estar e mau-estar, com certeza e concerteza, e o uso inadequado de há dez anos atrás. Evite-os para escrever melhor.
Os Erros de Português que Mais Nos Atravessam: Um Olhar Além do Óbvio
A língua portuguesa, rica e complexa, apresenta inúmeras nuances que podem levar a equívocos mesmo para falantes nativos. Enquanto alguns erros são amplamente conhecidos, outros passam despercebidos, prejudicando a clareza e a elegância da escrita e da fala. Este artigo foca-se nos erros mais comuns, buscando uma análise que transcenda a simples lista de palavras e explore as razões subjacentes a esses deslizes.
A internet está repleta de listas com os clássicos “devido a/derivado a”, “trás/traz”, “há/a”, “mal/mau”, etc. Em vez de repeti-las, vamos aprofundar a compreensão desses equívocos e apresentar outros menos óbvios, mas igualmente frequentes.
1. A Flexão Verbal: Um Campo Minado:
A concordância verbal é um dos maiores desafios. Além do já citado “houve/houveram” (que exige atenção à singularidade ou pluralidade do sujeito), tropeçamos em construções como:
- “A maioria dos alunos foram aprovados.”: “Maioria” é singular, portanto, o correto é “foi aprovado”. A confusão surge pela percepção de pluralidade implícita em “alunos”.
- “Fazem cinco anos que…”: “Faz” é impessoal e conjuga-se na terceira pessoa do singular, apesar de a frase indicar uma pluralidade de anos.
- Verbos impessoais com sujeito explícito: Usar verbos impessoais (como “haver” no sentido de existir) com sujeito explícito é um erro comum. “Existem muitos problemas” é correto; “Há muitos problemas” é mais preciso e elegante.
2. Pronomes e Preposições: A Arte da Colocação:
A colocação pronominal, embora tenha regras, muitas vezes é ignorada, gerando frases ambíguas ou incorretas. A próclise (pronome antes do verbo), mesóclise (pronome no meio do verbo) e ênclise (pronome depois do verbo) precisam ser bem dominadas para evitar construções como: “Me disseram que…”, quando o correto, na maioria dos casos, seria “Disseram-me que…”.
A escolha da preposição certa também é crucial. A confusão entre “em” e “na”, “para” e “por”, “com” e “sobre” leva a inúmeros deslizes, exigindo um olhar atento ao contexto.
3. Apontamento de Problemas e Nuances Semânticas:
Frequentemente, a escolha da palavra certa depende de uma compreensão sutil do seu significado. “Inflação alta” e “alta inflação” não são sinônimos, e o contexto determina a opção mais adequada. Da mesma forma, o uso de sinônimos sem levar em conta as suas nuances pode levar a interpretações errôneas.
4. O Abuso de Gírias e Expressões Informas:
Em contextos formais, o uso excessivo de gírias e expressões informais compromete a credibilidade e a elegância do texto. Manter um nível de formalidade adequado ao contexto é fundamental para uma comunicação eficaz.
Conclusão:
Dominar a língua portuguesa requer prática e atenção constante. A identificação dos erros mais comuns é um primeiro passo, mas a compreensão das regras gramaticais e o desenvolvimento do senso de estilo são essenciais para escrever e falar com clareza, precisão e elegância. Lembre-se: a busca pela perfeição linguística é um processo contínuo, que exige dedicação e amor pela língua.
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