Quais são os modelos de machine learning?

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Existem três categorias principais de machine learning: aprendizado supervisionado, que usa dados rotulados para treinar modelos preditivos; aprendizado não supervisionado, que busca padrões em dados não rotulados; e aprendizado por reforço, onde um agente aprende a tomar decisões através de tentativa e erro, maximizando uma recompensa. Cada tipo emprega algoritmos distintos para atingir seus objetivos específicos.

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Desvendando o Universo dos Modelos de Machine Learning: Além das Categorias Básicas

Muito se fala sobre as três categorias principais de Machine Learning: aprendizado supervisionado, não supervisionado e por reforço. De fato, essa divisão é fundamental para entender os princípios básicos da área. Entretanto, a realidade do Machine Learning é bem mais rica e complexa do que essa tríade sugere. Para além dessas categorias, existe um universo de modelos e nuances que precisamos explorar para compreender verdadeiramente o poder e a versatilidade dessa tecnologia.

Este artigo, portanto, vai além das definições tradicionais e propõe uma visão expandida, explorando modelos específicos dentro de cada categoria e destacando algumas abordagens híbridas que vêm ganhando destaque.

Do Supervisionado ao Semi-Supervisionado: Uma Gradação de Rótulos

Dentro do aprendizado supervisionado, onde modelos aprendem a partir de dados rotulados (com a “resposta” já fornecida), encontramos algoritmos como:

  • Regressão Linear e Logística: Para prever valores contínuos (preço de um imóvel) ou categóricos (probabilidade de um cliente comprar um produto), respectivamente.
  • Árvores de Decisão: Criam um “fluxograma” de decisões baseado nos dados, sendo altamente interpretáveis. Evoluções como Random Forest e Gradient Boosting combinam múltiplas árvores para maior precisão.
  • Support Vector Machines (SVMs): Buscam o melhor hiperplano que separa as classes de dados, sendo eficazes em problemas complexos com alta dimensionalidade.
  • Redes Neurais: Arquiteturas complexas inspiradas no cérebro humano, capazes de aprender padrões intrincados. Dentro deste grupo, temos as Redes Neurais Convolucionais (CNNs) para imagens e as Redes Neurais Recorrentes (RNNs) para dados sequenciais.

Mas o que acontece quando temos poucos dados rotulados? Surge então o aprendizado semi-supervisionado, que combina dados rotulados e não rotulados para treinar modelos. Técnicas como self-training e co-training exploram a informação presente nos dados não rotulados para melhorar a performance do modelo.

Explorando Padrões Ocultos: A Diversidade do Aprendizado Não Supervisionado

No aprendizado não supervisionado, os algoritmos buscam padrões em dados sem rótulos, revelando insights ocultos. Algumas abordagens comuns incluem:

  • Clustering: Agrupa dados semelhantes em clusters, como na segmentação de clientes. Algoritmos populares incluem K-Means, DBSCAN e Hierarchical Clustering.
  • Redução de Dimensionalidade: Simplifica dados complexos, reduzindo o número de variáveis sem perder informações essenciais. Principal Component Analysis (PCA) e t-SNE são exemplos comuns.
  • Association Rule Mining: Descobre relações entre variáveis, como produtos frequentemente comprados juntos em um supermercado (o famoso “clientes que compraram este item também compraram…”). O algoritmo Apriori é um exemplo clássico.
  • Análise de Componentes Independentes (ICA): Separa sinais mistos em suas fontes originais, útil em áreas como processamento de áudio.

Além da Recompensa: Expandindo o Aprendizado por Reforço

O aprendizado por reforço foca em agentes que aprendem a interagir com um ambiente para maximizar uma recompensa. Para além do básico, encontramos variações como:

  • Q-learning: Utiliza uma tabela (Q-table) para armazenar os valores de cada ação em cada estado do ambiente.
  • SARSA: Similar ao Q-learning, mas atualiza a Q-table com base na política atual.
  • Deep Reinforcement Learning: Combina redes neurais com aprendizado por reforço, permitindo a resolução de problemas mais complexos, como jogos de estratégia.

Hibridização: O Futuro do Machine Learning?

A fronteira entre as categorias de Machine Learning está cada vez mais tênue, com o surgimento de abordagens híbridas. Por exemplo, podemos usar clustering (não supervisionado) para pré-processar dados para um classificador supervisionado. Ou ainda, podemos usar aprendizado por reforço para otimizar os hiperparâmetros de uma rede neural.

Em resumo, o universo dos modelos de Machine Learning é vasto e em constante evolução. Compreender as nuances de cada categoria e as possibilidades de hibridização é crucial para aplicar essa tecnologia de forma eficaz e inovadora, extraindo o máximo de valor dos dados e impulsionando avanços em diversas áreas.