Quais são os principais erros da língua portuguesa?

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Entre os principais deslizes gramaticais, destacam-se o uso incorreto de agente por a gente, a regência verbal inadequada em assistir, o emprego inadequado de ter no sentido de existir, o uso de pronome pessoal como objeto direto, o emprego indevido de crase antes de verbo e a grafia equivocada de beneficiente. Outros erros comuns também merecem atenção.

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Desvendando os Erros Mais Comuns da Língua Portuguesa: Além do Básico

A língua portuguesa, rica e complexa, apresenta nuances que desafiam até mesmo os falantes nativos. Enquanto a gramática normativa busca estabelecer padrões, a linguagem informal e a evolução natural da língua geram diversas construções que, embora comuns, podem ser consideradas erros. Este artigo não se propõe a esgotar o tema, mas sim a abordar alguns deslizes frequentes, focando em sua compreensão e correção, além dos exemplos já amplamente divulgados.

Ultrapassando os erros clássicos como a confusão entre “por que”, “porque”, “porquê” e “por quê”, vamos analisar alguns equívocos que, apesar de recorrentes, muitas vezes passam despercebidos:

1. A ambiguidade gerada pela omissão de pronomes: A ausência de pronomes possessivos ou pessoais pode gerar ambiguidade e dificultar a compreensão. Por exemplo: “Encontrei meu amigo e sua irmã na festa”. A frase, embora gramaticalmente correta, pode gerar a dúvida: a irmã é do amigo ou do narrador? A clareza seria alcançada com: “Encontrei meu amigo e a irmã dele na festa” ou “Encontrei meu amigo e minha irmã na festa”.

2. Concordância verbal com sujeito composto: Situações com sujeitos compostos pospostos ao verbo costumam gerar dificuldades. A concordância pode se dar com o núcleo mais próximo ou com todos os núcleos. Por exemplo: “Faltam coragem e determinação aos jovens”. Embora seja possível concordar com “falta”, a concordância no plural (“faltam”) é preferível para uma maior clareza e formalidade.

3. Uso inadequado de “mesmo” como pronome: O uso de “mesmo” como pronome reflexivo, substituindo “si mesmo”, “a si mesma”, etc., é considerado informal e, em contextos formais, deve ser evitado. Em vez de: “Ela mesma fez o bolo”, prefira: “Ela fez o bolo ela própria” ou “Ela fez o bolo sozinha”.

4. Pleonasmo vicioso: Repetir ideias já expressas na frase, tornando-a redundante, é um erro comum. Exemplo: “Subir para cima” ou “descer para baixo”. A informação já está contida nos verbos “subir” e “descer”.

5. Falta de precisão lexical: A utilização de palavras com sentidos próximos, mas não equivalentes, pode comprometer o significado pretendido. A escolha vocabular precisa ser criteriosa, considerando o contexto e a conotação de cada termo. Por exemplo, a diferença entre “afetar” e “efetuar” ou “deferir” e “diferir” precisa ser compreendida para evitar equívocos.

Conclusão:

Dominar a língua portuguesa requer estudo contínuo e prática. A conscientização sobre os erros comuns, aliada à leitura de textos bem escritos e ao exercício da escrita, contribui significativamente para o aprimoramento da nossa comunicação. Este artigo apresenta apenas alguns exemplos, e a busca por conhecimento gramatical deve ser constante para uma escrita mais precisa e eficaz. A reflexão sobre o contexto e o significado pretendido é fundamental para evitar os deslizes mais frequentes e atingir a clareza e a elegância na expressão.