Quais são os tipos de inferências?

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As inferências, que são conclusões tiradas a partir de informações implícitas, podem ser classificadas em dois tipos: imediatas, obtidas diretamente do texto, e mediatas, que exigem raciocínio e conhecimento prévio para serem deduzidas.

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Tipos de Inferências: Desvendando o Raciocínio Implícito

As inferências são conclusões que extraímos de informações implícitas, ou seja, não expressas diretamente no texto. Elas não caem do céu, mas são construídas a partir de pistas, evidências e conhecimentos prévios que o leitor possui. Compreender os diferentes tipos de inferências é fundamental para uma leitura crítica e eficiente, permitindo ir além da superfície do texto e captar seu significado mais profundo.

Podemos classificar as inferências em dois grandes grupos: as inferências imediatas e as inferências mediatas. Apesar das diferenças, ambas são essenciais para a compreensão textual.

Inferências Imediatas: Estas são as conclusões mais diretas, que podem ser obtidas com base em informações explícitas presentes no texto. São, por assim dizer, “leitura entre as linhas” com pouca margem para interpretações complexas. Imagine um texto que afirma: “O sol estava forte, o asfalto brilhava e Marta estava com uma blusa de manga comprida”. Uma inferência imediata é que Marta provavelmente sentiu calor, mesmo que isso não esteja expresso explicitamente. A informação sobre o sol forte e o asfalto brilhente são suficientes para chegar a essa conclusão, sem precisarmos de conhecimentos prévios. São, na maioria das vezes, deduções simples e baseadas em pistas claras e evidentes dentro do próprio texto.

Inferências Mediatas: Aqui, o desafio é maior. Para chegar a uma conclusão, precisamos de um processo de raciocínio mais complexo, envolvendo a interação entre as informações explícitas do texto e o conhecimento de mundo do leitor. Uma inferência mediata requer uma análise mais profunda, utilizando conhecimentos prévios, experiências pessoais, e até mesmo uma contextualização histórica ou cultural para conectar as informações.

Um exemplo: “A empresa anunciou cortes de funcionários e reduziu o orçamento do departamento de marketing. Isso sugere uma dificuldade financeira no curto prazo.” Para chegar a essa conclusão, precisamos de informações adicionais sobre a empresa, seus objetivos, e a importância do investimento em marketing. Ou seja, a inferência necessita não apenas das informações do texto, mas também de um repertório próprio sobre empresas e economia. Essa combinação de dados textuais e conhecimentos prévios é fundamental para realizar inferências mediatas.

A importância de ambas: Embora as inferências mediatas exijam um esforço cognitivo maior, ambas, inferências imediatas e mediatas, são importantes para a compreensão plena do texto. As inferências imediatas simplificam a assimilação das informações explícitas, permitindo que o leitor construa um quadro inicial de compreensão. As inferências mediatas, por sua vez, ampliam esse quadro, permitindo uma interpretação mais profunda e contextualizada, e gerando um significado mais rico e completo.

Em resumo, a habilidade de realizar inferências, compreendendo os diferentes tipos existentes, é uma ferramenta crucial para a análise crítica de textos e para a construção de um pensamento mais profundo e independente. Ao compreender as pistas implícitas, podemos ir além das informações explícitas, criando uma leitura mais enriquecedora e significativa.