Quais são os tipos de norma padrão?

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A norma-padrão da língua portuguesa é um modelo idealizado, descrito em gramáticas e manuais, que estabelece regras para a escrita e a fala formal. Difere das variações linguísticas presentes no dia a dia, sendo um sistema normativo e abstrato, utilizado em contextos formais e literários. Sua aplicação busca uniformidade e clareza na comunicação escrita.

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Desvendando a Norma Padrão: Não Existe Apenas Uma!

É comum pensarmos na norma padrão da língua portuguesa como um bloco único e inflexível de regras. No entanto, essa visão é uma simplificação que mascara a complexa realidade da nossa língua. Embora a definição apresentada no enunciado – um modelo idealizado para a escrita e fala formal – seja correta, ela não abrange a totalidade do que podemos chamar de “norma padrão”.

Na verdade, existem diferentes tipos de norma padrão, que variam de acordo com o contexto, a região e o público-alvo. Vejamos alguns deles:

1. Norma Padrão Formal:

É a mais próxima da definição tradicional, caracterizada pelo rigor gramatical, vocabulário erudito e estruturas sintáticas elaboradas. É utilizada em documentos oficiais, textos científicos e literários, discursos formais, entre outros.

Exemplo: “Solicito, por meio deste, informar que a reunião previamente agendada para o dia de hoje foi adiada.”

2. Norma Padrão Informal:

Embora ainda dentro do espectro da norma culta, admite maior flexibilidade, incorporando alguns elementos da linguagem coloquial, desde que não comprometam a clareza e correção gramatical. É comum em textos jornalísticos, e-mails corporativos e conversas com certa formalidade.

Exemplo: “Olá, pessoal! Gostaria de avisar que a reunião de hoje foi adiada.”

3. Norma Padrão Regional:

Reflete as variações linguísticas regionais consideradas cultas, ou seja, aceitas em contextos formais dentro de determinada região. Diferenças de pronúncia, vocabulário e algumas construções gramaticais podem ser observadas.

Exemplo: A utilização do pronome “tu” e suas variações verbais no Sul do Brasil em detrimento do “você”, comum em outras regiões.

4. Norma Padrão Revisada:

Adapta a norma padrão tradicional às novas realidades da comunicação, incorporando, por exemplo, termos e expressões relacionados à tecnologia e ao mundo digital.

Exemplo: A aceitação do uso do “e-mail” como sinônimo de “correio eletrônico”, antes restrito ao inglês.

É importante destacar que a norma padrão não é estática. Ela evolui constantemente, incorporando e adaptando-se às mudanças na língua e na sociedade. Cabe a cada falante, dentro do seu contexto comunicativo, escolher a variante da norma padrão mais adequada.

Compreender a diversidade da norma padrão e suas nuances é fundamental para dominar a língua portuguesa em sua plenitude, utilizando-a de forma eficiente e consciente nos mais diversos contextos.