Quem fez a reforma ortográfica?

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Em 1911, Portugal, buscando padronizar a escrita do português, criou uma reforma ortográfica, com a comissão de filólogos liderada por Gonçalves Viana. Esta reforma visava aprimorar a alfabetização.

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A Reforma Ortográfica do Português: Uma Jornada de Padronização e Alfabetização

A escrita de uma língua é um reflexo da sua própria evolução, e como tal, está sujeita a constantes adaptações e aprimoramentos. No caso do português, a busca por uma ortografia mais uniforme e acessível levou a diversas reformas ao longo da história. Embora comumente se associe a reformas ortográficas à implantação da nova regra em 1943, a história é mais complexa, envolvendo uma jornada iniciada muito antes.

É importante diferenciar a reforma ortográfica de 1943, implementada em Portugal e, posteriormente, em outros países lusófonos, da iniciativa de 1911. Esta última, ocorrida em Portugal, não teve a repercussão ou o alcance da posterior, mas representou um importante passo nessa trajetória. Com o intuito de padronizar a escrita do português em território português, uma comissão de filólogos, liderada pelo eminente Gonçalves Viana, elaborou uma reforma naquele ano.

Embora essa reforma de 1911 tenha buscado simplificar e unificar a ortografia, seus resultados e alcance foram bastante limitados. Diversas razões podem explicar esse fato, incluindo a falta de adesão e aceitação generalizada em Portugal na época, e a falta de influência em outros países de língua portuguesa.

É importante destacar que a reforma ortográfica de 1943, com seus objetivos amplos e aplicação em diversos países, teve um impacto muito maior. Essa reforma de 1943, diferente da de 1911, não foi liderada por um único filólogo, mas por um grupo amplo, abrangendo diversas nações lusófonas.

Apesar do impacto da reforma de 1943, a iniciativa de 1911, com a participação de Gonçalves Viana, merece destaque como parte fundamental da busca pela padronização da escrita do português. Esta jornada de constantes esforços, desde a iniciativa de 1911, demonstra a importância da uniformização ortográfica na propagação e aprendizado da língua portuguesa. Embora não tenha alcançado o mesmo impacto imediato, seu trabalho preparatório contribuiu para o cenário que culminou na reforma de 1943, impulsionando a compreensão e a utilização uniforme da língua em todos os países lusófonos.