São exemplos de palavras variáveis?

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Substantivos são palavras flexíveis que nomeiam seres, lugares, objetos e conceitos. Variam em gênero (masculino/feminino), número (singular/plural) e grau (aumentativo/diminutivo). Exemplos comuns incluem nomes de pessoas (Lúcia), animais (cachorro, Rex), lugares (Roma, Florianópolis), objetos (sapato, caderno) e vegetais (rosa, bananeira), demonstrando sua ampla aplicação na linguagem.

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Além dos Substantivos: Descobrindo o Universo das Palavras Variáveis em Português Brasileiro

A língua portuguesa, em sua rica complexidade, oferece um vasto leque de palavras que se transformam, se adaptam e se moldam para expressar nuances e precisão. Já sabemos que os substantivos, como “casa”, “amor” ou “professor”, são palavras variáveis que flexionam em gênero, número e grau. Mas será que eles reinam sozinhos nesse universo da flexão? A resposta é um sonoro “não!”. Mergulhemos, então, em um passeio fascinante por outras classes gramaticais que também ostentam essa característica crucial.

Adjetivos: Descrevendo e Qualificando com Flexibilidade

Assim como os substantivos, os adjetivos são mestres na arte da variação. Eles se curvam às exigências dos substantivos que acompanham, concordando em gênero (masculino/feminino) e número (singular/plural). Pense em “casa bonita” (feminino singular) versus “carros bonitos” (masculino plural). Além disso, os adjetivos também podem ser flexionados em grau, expressando intensidade: “bonito”, “mais bonito”, “muito bonito”, “o mais bonito”. Essa capacidade de variação permite uma descrição detalhada e precisa do mundo ao nosso redor.

Verbos: O Coração Dinâmico da Frase

Os verbos, elementos vitais da oração, são verdadeiros camaleões da linguagem. Eles se flexionam em número (singular/plural), pessoa (eu, tu, ele/ela, nós, vós, eles/elas), tempo (presente, passado, futuro), modo (indicativo, subjuntivo, imperativo) e voz (ativa, passiva). Essa complexa rede de flexões nos permite situar ações no tempo, expressar diferentes atitudes e perspectivas, e criar uma infinidade de significados. Compare “Eu canto” (presente do indicativo) com “Se eu cantasse” (pretérito imperfeito do subjuntivo) para perceber a força da variação verbal.

Pronomes: Substituindo e Relacionando com Maestria

Os pronomes, palavras que substituem ou acompanham os substantivos, também se dobram às regras da flexão. Os pronomes pessoais (eu, tu, ele/ela, nós, vós, eles/elas) variam em pessoa e número, além de possuírem formas diferentes para funções distintas na frase (ex: “eu” – sujeito; “me” – objeto indireto). Os pronomes possessivos (meu, teu, seu, nosso, vosso, seus) concordam em gênero e número com o objeto possuído. E os pronomes demonstrativos (este, esse, aquele) indicam a posição de algo no espaço ou no tempo, também se flexionando em gênero e número.

Numerais: Contando e Ordenando com Precisão

Os numerais, que expressam quantidade ou ordem, nem sempre são estáticos. Os numerais cardinais (um, dois, três…) são invariáveis, com exceção de “um” (que varia para “uma”) e os numerais que indicam milhões e bilhões (que flexionam em número). Já os numerais ordinais (primeiro, segundo, terceiro…) são flexionados em gênero e número, concordando com o substantivo que acompanham: “primeiro lugar”, “primeira colocação”.

Em Resumo: Uma Orquestra de Flexões

Enquanto os substantivos são um exemplo fundamental de palavras variáveis, eles são apenas a ponta do iceberg. Adjetivos, verbos, pronomes e até alguns numerais se juntam a essa sinfonia de flexões, enriquecendo a expressividade da língua portuguesa. Compreender a variação dessas classes gramaticais é crucial para dominar a norma culta e se comunicar de forma clara, precisa e elegante. Então, da próxima vez que você se deparar com uma palavra em português, lembre-se de explorar suas possibilidades de variação e apreciar a beleza da flexibilidade linguística.