Quantas pessoas vivem com salário mínimo em Portugal?

Salário Mínimo em Portugal: Quem Vive com o SMN?

O salário mínimo nacional (SMN) é um tema crucial no debate social português, especialmente em tempos de inflação e crise económica. Mas quantas pessoas em Portugal realmente vivem com esse salário?

Segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), no segundo trimestre de 2023, 838.111 portugueses receberam o salário mínimo nacional, sendo 421.723 mulheres. Essa realidade demonstra a grande parcela da população que depende do SMN para sobreviver, o que evidencia a importância de sua atualização regular para garantir um padrão de vida digno.

No entanto, o cenário não é homogêneo. Observou-se uma diminuição de aproximadamente 9.000 jovens recebendo o SMN em relação a 2022, totalizando cerca de 78 mil. Essa queda pode estar relacionada a diversos fatores, como a entrada no mercado de trabalho em cargos com remuneração superior ao SMN, ou até mesmo a dificuldade em encontrar emprego.

O aumento do SMN de 705€ em 2022 para 760€ em 2023 impactou esses números, refletindo uma tentativa de acompanhar a inflação e garantir um poder de compra minimamente aceitável para os trabalhadores.

Mas quais os desafios enfrentados por quem vive com o SMN?

A realidade para quem recebe o salário mínimo é complexa. A alta taxa de inflação tem corroído o poder de compra do SMN, tornando difícil cobrir as despesas básicas como alimentação, moradia e transporte. Além disso, o acesso à saúde e à educação ainda representa um desafio para muitos, agravando ainda mais as desigualdades sociais.

E quais as perspectivas para o futuro?

O debate sobre o SMN é crucial para garantir a dignidade dos trabalhadores e a justiça social. A discussão sobre aumentos regulares do SMN, políticas de apoio a quem recebe esse salário, e a criação de novas oportunidades de trabalho com salários dignos são essenciais para garantir um futuro mais próspero para todos os portugueses.

É importante salientar que os dados do INE representam um retrato parcial da realidade, pois não contemplam trabalhadores informais ou que recebem salários abaixo do mínimo. A busca por informações mais completas sobre a situação dos trabalhadores em Portugal exige um olhar mais amplo e a coleta de dados mais abrangentes.