Como saber se o bebê é autista?

0 visualizações

Bebês autistas podem apresentar atrasos na fala, com alguns não falando após um ano. Outros desenvolvem habilidades sociais e comunicativas, mas as perdem entre 15 e 24 meses. A dificuldade em apontar para objetos desejados ou expressar necessidades também é um sinal comum.

Feedback 0 curtidas

Desvendando os Primeiros Sinais: Como Suspeitar de Autismo em Bebês?

A preocupação com o desenvolvimento infantil é constante para os pais, e o autismo, por ser um transtorno do neurodesenvolvimento que se manifesta nos primeiros anos de vida, gera muitas dúvidas e angústias. Identificar precocemente os sinais do autismo é crucial para iniciar intervenções que maximizem o potencial da criança. Mas como diferenciar características típicas do desenvolvimento das que podem indicar a presença do espectro autista em bebês? Este artigo busca elucidar alguns pontos importantes, lembrando sempre que o diagnóstico definitivo deve ser realizado por um profissional especializado.

É fundamental entender que o desenvolvimento infantil é um processo individual e variável. Nem todo bebê que demonstra alguns dos sinais abaixo será autista. No entanto, a observação atenta e a consulta com um profissional são essenciais para esclarecer as dúvidas e garantir o bem-estar da criança.

Além dos atrasos na fala, dificuldades em apontar e expressar necessidades, já mencionados, existem outros indicadores que podem sugerir a presença do autismo em bebês:

  • Interação social limitada: Bebês com autismo podem apresentar menor interesse em interações sociais, como contato visual reduzido, pouca resposta ao sorriso dos pais e dificuldade em iniciar ou responder a brincadeiras interativas, como o “cadê o neném?”. Eles podem parecer alheios ao ambiente social e preferir brincar sozinhos.

  • Padrões repetitivos de comportamento: A insistência em rotinas rígidas e a dificuldade em lidar com mudanças na rotina podem ser um sinal. Observe se o bebê demonstra apego excessivo a determinados objetos ou se repete movimentos específicos, como balançar o corpo, girar objetos ou bater as mãos, de forma frequente e estereotipada.

  • Resposta sensorial atípica: Bebês autistas podem reagir de forma incomum a estímulos sensoriais. Alguns podem apresentar hipersensibilidade a sons, luzes, texturas ou cheiros, demonstrando incômodo ou até mesmo dor. Outros, por outro lado, podem apresentar hiposensibilidade, buscando intensamente determinados estímulos sensoriais, como tocar repetidamente superfícies ásperas ou se jogar no chão.

  • Comunicação não-verbal peculiar: Além da dificuldade em apontar, bebês com autismo podem apresentar dificuldades em usar gestos para se comunicar, como acenar ou dar tchau. A imitação de expressões faciais e sons também pode ser limitada.

O que fazer se suspeitar de autismo?

Se você observou alguns desses sinais no seu bebê, não entre em pânico. O primeiro passo é registrar suas observações com detalhes, incluindo a frequência e a intensidade dos comportamentos. Em seguida, procure um pediatra, que poderá avaliar o desenvolvimento global da criança e encaminhá-la para especialistas, como neuropediatras ou psicólogos, para uma avaliação mais aprofundada.

Lembre-se: o diagnóstico precoce é fundamental para o desenvolvimento da criança com autismo. Quanto antes o tratamento for iniciado, maiores serão as chances de a criança desenvolver suas habilidades e alcançar seu pleno potencial. A intervenção precoce envolve terapias como fonoaudiologia, terapia ocupacional e acompanhamento psicológico, que podem auxiliar a criança a desenvolver habilidades sociais, de comunicação, linguagem e a lidar com as dificuldades sensoriais.

Este artigo visa informar e orientar, mas não substitui a avaliação profissional. A informação é a sua melhor aliada. Busque sempre o auxílio de especialistas para obter um diagnóstico preciso e um plano de intervenção individualizado para o seu bebê.