Quais são as causas da DST?

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As Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) são transmitidas através do contato sexual sem proteção, principalmente por vírus, bactérias ou outros microrganismos. A prática sexual oral, vaginal ou anal sem o uso de preservativo, com um parceiro infectado, aumenta o risco de contrair uma IST.

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Muito Além do Preservativo: Desvendando as Causas das Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs)

As Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs), antigamente chamadas de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs), são um grupo diverso de infecções que podem ser transmitidas por contato sexual. A crença popular de que o preservativo é a única barreira contra as ISTs, embora crucial, simplifica um problema de saúde pública multifacetado. Compreender as verdadeiras causas exige um olhar mais amplo, que abrange fatores comportamentais, biológicos e sociais.

O principal vetor de transmissão das ISTs é, sem dúvida, o contato sexual sem proteção, englobando relações vaginais, anais e orais. A ausência de preservativos (camisinha masculina ou feminina) aumenta exponencialmente o risco de transmissão de patógenos como vírus (HIV, HPV, herpes, hepatite B e C), bactérias (sífilis, gonorreia, clamídia) e parasitas (tricomoníase). A intensidade do contato e a presença de outras infecções também influenciam a probabilidade de transmissão.

Porém, atribuir a culpa exclusivamente à falta de preservativo é uma visão incompleta. Outros fatores contribuem significativamente para o aumento do risco:

  • Múltiplos parceiros sexuais: Quanto maior o número de parceiros, maior a probabilidade de contato com um indivíduo infectado. A promiscuidade sexual aumenta drasticamente o risco de exposição a diversos patógenos.

  • Práticas sexuais de risco: Algumas práticas, como o sexo anal, apresentam maior vulnerabilidade à transmissão de certas ISTs, devido à maior fragilidade da mucosa retal. O uso de brinquedos sexuais sem a devida higienização também contribui para a disseminação.

  • Imunossupressão: Indivíduos com sistemas imunológicos comprometidos, como pessoas vivendo com HIV ou submetidos a tratamentos que suprimem a imunidade, são mais suscetíveis à infecção e apresentam maior dificuldade para combater os patógenos.

  • Infecções concomitantes: A presença de outras ISTs pode aumentar a probabilidade de transmissão de outros patógenos. Algumas infecções podem criar microlesões na pele ou mucosa, facilitando a entrada de outros agentes infecciosos.

  • Falta de acesso à informação e prevenção: A falta de educação sexual abrangente, o estigma associado às ISTs e a dificuldade de acesso a serviços de saúde de qualidade contribuem para a disseminação das infecções. A falta de informação sobre prevenção, diagnóstico e tratamento impede que indivíduos busquem ajuda precocemente, aumentando a probabilidade de complicações.

Em resumo, as causas das ISTs são complexas e interligadas. Embora o uso de preservativos seja uma medida de prevenção fundamental, é crucial abordar o problema de forma holística, considerando os fatores comportamentais, imunológicos e o acesso à informação e aos serviços de saúde. A conscientização, a educação sexual e a promoção de hábitos sexuais seguros são pilares essenciais para a prevenção e o controle das ISTs.