Quais seriam as recomendações para as práticas de atividades físicas para pessoas com deficiência?

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A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda, para adultos, pelo menos 150 a 300 minutos de atividade física moderada por semana, e para crianças e adolescentes, cerca de 60 minutos diários de atividade aeróbica moderada. Essas orientações são válidas para todos, incluindo pessoas com deficiência.

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Recomendações para Atividade Física em Pessoas com Deficiência

A Organização Mundial da Saúde (OMS) define a atividade física como qualquer movimento corporal produzido pelos músculos esqueléticos que resulta em gasto energético. Para a saúde de todos, independente de condições físicas, a prática regular de exercícios é fundamental. Embora as diretrizes gerais da OMS se apliquem a pessoas com deficiência, adaptações e considerações específicas são essenciais para garantir segurança e eficácia.

Considerações Essenciais:

  • Individualização: A primeira recomendação é a individualização. O programa de exercícios deve ser adaptado às necessidades e capacidades específicas de cada pessoa com deficiência. Isso inclui o tipo de deficiência, seu grau de comprometimento físico, histórico de saúde e objetivos pessoais. É crucial consultar profissionais de saúde e, preferencialmente, especialistas em reabilitação e fisioterapia, para elaborar um plano personalizado.

  • Tipos de Atividade Física: A variedade é fundamental. Não se restrinja a apenas um tipo de atividade. A combinação de atividades aeróbicas (como caminhada, natação, ciclismo), de fortalecimento muscular (com pesos ou exercícios de resistência), e de flexibilidade (alongamentos) contribui para um melhor condicionamento físico e bem-estar geral. Para pessoas com dificuldades motoras, atividades aquáticas podem ser particularmente benéficas devido à menor carga sobre as articulações. Atividades adaptadas com uso de órteses e equipamentos específicos também devem ser consideradas.

  • Segurança e Adaptação: A segurança deve ser a prioridade máxima. Antes de iniciar qualquer programa de exercícios, é imprescindível avaliar os riscos individuais e as condições de segurança. A escolha de equipamentos, locais e acompanhamento profissional são cruciais. Espaços acessíveis, equipamentos apropriados (adaptados) e supervisão adequada contribuem significativamente para evitar lesões. Atividades em ambientes seguros e com auxílio necessário são importantes.

  • Participação Social: A atividade física não se limita apenas ao ganho de saúde individual. O envolvimento em atividades coletivas e em grupo, adaptadas às limitações e capacidades, promove a inclusão social, reduz o isolamento e melhora o bem-estar emocional. Atividades recreativas, clubes esportivos adaptados, programas comunitários podem ser opções enriquecedoras.

  • Progressão Gradual: A progressão gradual de intensidade e duração é fundamental. O aumento gradual dos níveis de atividade física ajuda a prevenir lesões e melhora o desempenho progressivamente, sem sobrecarregar o corpo. Inicie com níveis mais baixos e aumente gradualmente o tempo e a intensidade conforme a pessoa se adapta.

  • Fatores Psicológicos: O aspecto psicológico é crucial. A atividade física contribui para o bem-estar mental, reduzindo o estresse, melhorando o humor e a autoestima. Um programa de atividades físicas adaptado considera as necessidades emocionais e a motivação da pessoa com deficiência.

  • Inclusão e Acessibilidade: A acessibilidade física e social é essencial para promover a participação plena em atividades físicas. Locais acessíveis, equipamentos e profissionais capacitados são cruciais para garantir que todas as pessoas com deficiência tenham oportunidades de se manterem ativas.

Em resumo, o planejamento de atividades físicas para pessoas com deficiência deve ser individualizado, priorizando a segurança e a adaptação às necessidades específicas de cada pessoa. A inclusão social, a progressão gradual e a atenção aos fatores psicológicos são elementos importantes para garantir a efetividade e o bem-estar geral. A colaboração entre profissionais de saúde, educadores físicos e a própria pessoa com deficiência é fundamental para alcançar resultados positivos e sustentáveis.