Qual é a fase final da pessoa com Alzheimer?

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A fase final do Alzheimer é marcada por uma deterioração significativa. O paciente apresenta mutismo, incapacidade de se alimentar (necessitando de sonda nasoenteral), incontinência e permanece em posição fetal. Esse quadro grave resulta, muitas vezes, de um diagnóstico tardio da doença.

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A Fase Final da Doença de Alzheimer: Um Desafio para Cuidador e Paciente

A Doença de Alzheimer, progressiva e degenerativa, impacta profundamente a vida dos pacientes e seus cuidadores. A fase final desta condição, embora inevitável, traz consigo um conjunto complexo de desafios, tanto físicos quanto emocionais. É crucial entender que essa etapa não é uma fase de “morte lenta”, mas sim uma série de mudanças que culminam em uma incapacidade crescente de interagir com o mundo exterior.

Ao contrário de uma progressão linear, a fase final do Alzheimer é caracterizada por uma deterioração significativa e abrangente das funções cognitivas e físicas. O paciente apresenta um declínio acentuado nas habilidades de comunicação, levando ao mutismo. A capacidade de se alimentar por meios orais se torna completamente comprometida, exigindo a instalação de uma sonda nasoenteral para manter a nutrição. A incontinência urinária e fecal, consequências naturais da perda de controle muscular e cerebral, são aspectos comuns. Físicamente, o paciente muitas vezes permanece em posição fetal, devido à perda de mobilidade e controle muscular.

É importante destacar que a gravidade e a duração dessa fase final podem variar de indivíduo para indivíduo. Fatores como a idade do diagnóstico, as particularidades da progressão da doença e a presença de comorbidades podem influenciar o curso da enfermidade. Um diagnóstico precoce, fundamental para o planejamento e a gestão da doença, permite que os cuidadores e a equipe médica estejam preparados para enfrentar os desafios da fase final, minimizando o sofrimento e maximizando a qualidade de vida do paciente na medida do possível.

O aspecto emocional da fase final da doença de Alzheimer também é crucial. Os cuidadores enfrentam um fardo emocional significativo, lidando com a perda gradual da autonomia e da identidade do seu ente querido. A angústia e a frustração são sentimentos comuns, tanto para o paciente como para a família. É imperativo que os cuidadores encontrem apoio, tanto emocional quanto prático, para lidar com essa etapa tão desafiadora. Serviços de apoio aos cuidadores, grupos de apoio e profissionais especializados são essenciais nesse momento.

Diante da inevitabilidade dessa fase final, é fundamental que os cuidadores e a equipe médica foquem na manutenção da dignidade e do conforto do paciente. A abordagem deve ser centrada na pessoa, buscando atender suas necessidades físicas e emocionais, e priorizando a comunicação, mesmo quando verbalmente limitada. A qualidade de vida, mesmo em seus estágios mais avançados, permanece um foco importante. O objetivo é garantir que o paciente, apesar da gravidade da condição, experimente conforto, afeto e dignidade até o final da sua jornada.