Quando se preocupar com o esquecimento?

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Preocupar-se com o esquecimento é válido quando a perda de memória interfere nas atividades cotidianas. Dificuldade para recordar compromissos, nomes de entes queridos ou informações que deveriam estar frescas na mente sinalizam um problema. A repetição constante desses esquecimentos merece atenção, pois pode indicar algo além do simples lapso de memória.

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Quando a Falha de Memória Deixa de Ser Normal e Acende o Sinal de Alerta

Esquecer onde colocamos as chaves, o nome daquele ator famoso ou a data do aniversário do colega de trabalho. Quem nunca passou por isso? Lapsos de memória são comuns e, em grande parte das vezes, fazem parte do envelhecimento natural. Mas, afinal, quando essa “cabeça de vento” deixa de ser uma característica inofensiva e se transforma em motivo de preocupação?

A resposta para essa pergunta é complexa, mas um bom ponto de partida é observar o impacto do esquecimento na sua vida diária. Quando a perda de memória começa a interferir na sua rotina, afetando sua capacidade de realizar tarefas simples e comprometer sua qualidade de vida, é hora de prestar atenção.

Sinais de Alerta: Fique Atento a Esses Esquecimentos

Não se trata de ficar neurótico com cada pequeno deslize. O importante é observar a frequência, a intensidade e o padrão dos esquecimentos. Alguns sinais de alerta que merecem investigação incluem:

  • Dificuldade em recordar informações recentes: Esquecer conversas que acabaram de acontecer, compromissos agendados ou detalhes de um filme que acabou de assistir.
  • Repetição constante: Fazer a mesma pergunta várias vezes em um curto período de tempo, esquecer o que acabou de ser dito ou repetidamente não se lembrar de ter realizado uma tarefa.
  • Dificuldade em planejar ou resolver problemas: Ter dificuldade em seguir uma receita simples, gerenciar finanças pessoais ou tomar decisões cotidianas.
  • Confusão com tempo ou lugar: Perder-se em lugares familiares, ter dificuldade em se orientar no tempo (dia, mês, ano) ou esquecer como chegou a determinado local.
  • Dificuldade em encontrar as palavras certas: Ter dificuldade em se expressar, usar palavras inadequadas para se referir a objetos ou pessoas, ou ter um vocabulário limitado.
  • Guardar objetos em lugares incomuns: Colocar as chaves na geladeira, o celular no armário ou o controle remoto no banheiro.
  • Mudanças de humor ou comportamento: Tornar-se mais irritadiço, ansioso, deprimido ou apático.

A Importância da Busca por Ajuda Profissional

É fundamental ressaltar que a presença de um ou mais desses sinais não significa necessariamente que você tem uma doença grave, como Alzheimer. No entanto, é crucial buscar uma avaliação médica para identificar a causa do problema e descartar outras condições que podem estar contribuindo para o esquecimento, como deficiência de vitaminas, problemas de tireoide, depressão, efeitos colaterais de medicamentos ou até mesmo tumores cerebrais.

Um profissional de saúde qualificado poderá realizar exames físicos e neurológicos, além de testes de memória e cognição, para determinar a causa dos seus esquecimentos e indicar o tratamento mais adequado.

Não Sofra em Silêncio: Há Opções de Tratamento e Estratégias de Enfrentamento

Mesmo que o diagnóstico seja de uma condição como o Alzheimer, existem opções de tratamento que podem ajudar a controlar os sintomas e melhorar a qualidade de vida do paciente e de seus familiares. Além disso, algumas estratégias de enfrentamento podem ser implementadas para minimizar o impacto do esquecimento no dia a dia, como:

  • Criar rotinas: Estabelecer horários fixos para as atividades diárias e seguir um cronograma.
  • Usar agendas e lembretes: Anotar compromissos, tarefas e informações importantes em agendas, calendários ou aplicativos de celular.
  • Organizar o ambiente: Manter a casa organizada e livre de obstáculos para evitar acidentes e facilitar a localização de objetos.
  • Praticar atividades que estimulem o cérebro: Ler livros, fazer palavras cruzadas, jogar jogos de tabuleiro, aprender um novo idioma ou tocar um instrumento musical.
  • Manter uma alimentação saudável: Consumir alimentos ricos em nutrientes que beneficiem o cérebro, como frutas, verduras, legumes, peixes e grãos integrais.
  • Praticar exercícios físicos regularmente: A atividade física melhora a circulação sanguínea e a oxigenação do cérebro.
  • Dormir bem: Ter uma boa noite de sono é fundamental para a consolidação da memória.
  • Manter a vida social ativa: Interagir com amigos e familiares, participar de atividades em grupo e manter-se engajado na comunidade.

Em resumo, a preocupação com o esquecimento é válida quando ele se torna persistente, interfere na sua vida diária e causa angústia. Não hesite em buscar ajuda profissional para identificar a causa do problema e receber o tratamento adequado. Lembre-se que, com o diagnóstico precoce e o tratamento adequado, é possível controlar os sintomas, melhorar a qualidade de vida e aproveitar cada momento.