É proibido usar IA para fazer TCC?

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Utilizar IA em TCCs requer transparência. A omissão da ferramenta como fonte configura plágio, acarretando sérias consequências acadêmicas e éticas. A honestidade intelectual exige a correta citação de todas as fontes, incluindo ferramentas de inteligência artificial, para garantir a originalidade do trabalho. A responsabilidade pela autoria e a integridade acadêmica permanece integralmente com o aluno.

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A Inteligência Artificial e o TCC: Uma Questão de Ética e Transparência

A crescente popularidade de ferramentas de inteligência artificial (IA) gerou debates acalorados em diversos setores, e o meio acadêmico não fica de fora. A pergunta que permeia as universidades brasileiras é: é proibido usar IA para fazer TCC? A resposta, embora não seja um simples “sim” ou “não”, aponta para a necessidade crucial de transparência e honestidade intelectual. Não se trata de uma proibição categórica, mas sim de uma questão de ética e metodologia.

A utilização de IA em um Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) não é, em si, proibida. Ferramentas como o ChatGPT, por exemplo, podem auxiliar na pesquisa, na organização de ideias e até mesmo na geração de textos. No entanto, o uso inadequado dessas ferramentas pode levar a graves consequências. O principal risco está na omissão da fonte, que configura plágio, uma infração acadêmica grave com penalidades que vão desde a reprovação na disciplina até a cassação do título.

Imagine a situação: um aluno utiliza uma IA para gerar parte significativa do texto do seu TCC, sem mencionar o uso da ferramenta. Ao apresentar o trabalho como de sua autoria integral, ele comete plágio, mesmo que tenha editado e adaptado o texto gerado pela IA. A originalidade do trabalho, crucial para a avaliação acadêmica, é comprometida, e a integridade do processo é questionada. A responsabilidade pela autenticidade e a originalidade do conteúdo permanece, inquestionavelmente, com o aluno.

A chave para o uso ético da IA em TCCs reside na transparência. Se o aluno optar por utilizar uma ferramenta de IA, ele deve declarar explicitamente sua utilização na metodologia do trabalho, citando a ferramenta e a forma como ela contribuiu para a pesquisa. Isso permite que a banca avaliadora compreenda o processo de construção do TCC e avalie a contribuição original do aluno, separando a contribuição da IA do trabalho intelectual próprio.

Além disso, é importante lembrar que a IA é uma ferramenta, não um substituto para o trabalho intelectual. Ela pode auxiliar na organização de ideias e na escrita, mas não substitui a pesquisa bibliográfica, a análise crítica, a argumentação original e a interpretação dos dados. O aluno deve manter o foco na construção de um trabalho acadêmico sólido, utilizando a IA como um recurso complementar e não como uma solução mágica para a produção do TCC.

Em resumo, a questão não é a proibição do uso de IA, mas sim a responsabilidade ética do aluno em declarar o uso da ferramenta e garantir a originalidade e a integridade acadêmica do seu trabalho. A omissão configura plágio, com consequências severas. A transparência e a honestidade intelectual são imprescindíveis para a validação do TCC e para a construção de uma carreira acadêmica íntegra.