Porque Belo Horizonte não tem hífen?

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O Acordo Ortográfico de 1990 aboliu o hífen em topônimos compostos como Belo Horizonte, excetuando casos como Guiné-Bissau devido à tradição de uso. A regra privilegia a escrita sem hífen, buscando simplificar a grafia de nomes geográficos. A exceção reforça a importância do uso consagrado em casos específicos.

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Belo Horizonte: por que a capital mineira dispensou o hífen?

Belo Horizonte, a capital das montanhas e da hospitalidade mineira, guarda em seu nome uma curiosidade ortográfica: a ausência do hífen. Diferente de outras cidades compostas, como Rio de Janeiro ou São Luís, a capital mineira aboliu o traço de união em seu nome, tornando-se “Belo Horizonte” em detrimento de “Belo-Horizonte”.

Essa mudança, aparentemente simples, reflete uma alteração mais ampla na língua portuguesa: o Acordo Ortográfico de 1990. Buscando simplificar a escrita, o acordo decretou o fim do hífen em nomes geográficos compostos por justaposição, ou seja, aqueles formados por palavras que se unem sem perder elementos fonéticos.

Assim, nomes como Cabo Verde, Porto Alegre e, claro, Belo Horizonte, se viram livres do hífen. A regra, porém, não é absoluta. Cidades como Guiné-Bissau, por exemplo, mantiveram o hífen devido à tradição de uso, consagrada na língua portuguesa.

A exceção à regra evidencia um ponto importante: a língua é um organismo vivo, em constante mutação. Embora a simplificação seja um objetivo, a tradição e o uso consagrado também possuem peso na construção da ortografia.

Portanto, da próxima vez que escrever “Belo Horizonte”, lembre-se: a ausência do hífen não é um erro, mas sim um reflexo da constante transformação da língua portuguesa e da busca por uma escrita mais simples e coesa.