Como é feita a concordância do sujeito com o verbo?
O verbo concorda em número e pessoa com o sujeito. Com sujeitos partitivos (a maioria de, parte de, etc.) seguidos de nome, a concordância pode ser feita com o partitivo ou com o nome que o acompanha, gerando flexões verbais diferentes, mas ambas corretas.
Desvendando a Concordância Verbal: Uma Dança Entre Sujeito e Verbo
A concordância verbal, essa coreografia sutil entre sujeito e verbo, é um dos pilares da gramática normativa do português brasileiro. Em sua essência, ela dita que o verbo deve se curvar ao sujeito, adaptando-se a ele em número (singular ou plural) e pessoa (primeira, segunda ou terceira). Parece simples, mas o balé gramatical reserva algumas piruetas que podem desafiar até os mais experientes falantes.
Embora a regra básica seja clara – verbo concorda com o sujeito –, a língua portuguesa, rica e vibrante, nos oferece nuances e possibilidades que enriquecem a comunicação. Uma dessas nuances surge com os sujeitos partitivos, expressões como “a maioria de”, “grande parte de”, “a metade de”, “uma porção de”, entre outras, seguidas de um substantivo ou pronome. Nesses casos, a concordância verbal se torna um elegante pas de deux, permitindo duas flexões igualmente corretas, cada qual com sua própria sutileza.
Imagine a frase: “A maioria dos alunos participou/participaram da aula.” Perceba que ambas as formas verbais são aceitas. Quando o verbo concorda com o núcleo do sujeito (“maioria”), temos a concordância gramatical, literal, que privilegia o termo expresso. Por outro lado, ao concordar com o substantivo que especifica o partitivo (“alunos”), optamos pela concordância atrativa, que enfatiza a ideia de pluralidade presente na especificação. A escolha entre uma e outra dependerá do contexto e da ênfase que se deseja dar à frase.
Essa flexibilidade não se limita apenas aos sujeitos partitivos com substantivos. Observe a frase: “A maioria gosta/gostam de chocolate.” Novamente, a concordância pode ser feita com o núcleo do sujeito (“maioria”) ou com a ideia de pluralidade implícita no contexto, resultando em duas formas verbais corretas.
Outro ponto importante a ser considerado é a presença de pronomes pessoais após o partitivo. Em frases como “A maioria deles participou/participaram da aula,” a concordância atrativa, com o pronome “eles”, torna-se ainda mais natural e frequente, embora a concordância literal com “maioria” continue válida.
Portanto, a concordância com sujeitos partitivos oferece uma dupla possibilidade de interpretação e ênfase, sem ferir as regras gramaticais. Compreender essa dança entre sujeito e verbo, com suas nuances e sutilezas, nos permite navegar com mais segurança e expressividade pelo universo da língua portuguesa. Afinal, a gramática não é uma camisa de força, mas sim um conjunto de ferramentas que nos auxiliam a construir uma comunicação mais clara, precisa e elegante.
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