Como fica o verbo fazer no presente?

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A conjugação do verbo fazer no presente do indicativo apresenta peculiaridades. Formas como farei-o e faria-o são incorretas. As formas corretas são fá-lo-ei e fá-lo-ia, enquanto na linguagem coloquial usamos Vou fazê-lo e Ia fazê-lo. A combinação de fazer com pronomes exige essa construção particular.

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O Presente do Verbo “Fazer”: Mais do que Você Imagina

O verbo “fazer”, tão comum em nosso dia a dia, esconde algumas nuances em sua conjugação, especialmente quando o colocamos no presente do indicativo. Dominar essas sutilezas é essencial para uma comunicação clara e correta, tanto na escrita quanto na fala.

A Base: Uma Conjugação Familiar

Comecemos pelo básico. A conjugação do verbo “fazer” no presente do indicativo é a seguinte:

  • Eu: Faço
  • Tu: Fazes
  • Ele/Ela/Você: Faz
  • Nós: Fazemos
  • Vós: Fazeis
  • Eles/Elas/Vocês: Fazem

Até aqui, tudo tranquilo. A maioria dos falantes de português brasileiro está familiarizada com essa conjugação. No entanto, a complexidade surge quando o verbo “fazer” se une a pronomes oblíquos átonos.

O “Fazer” e os Pronomes: Uma Combinação Delicada

É aqui que a atenção deve ser redobrada. Construções como “farei-o” e “faria-o” são consideradas incorretas na norma culta da língua. A forma correta de expressar a ação de “fazer” algo em relação a um objeto (representado pelo pronome oblíquo “o”) exige uma inversão e hífen:

  • Em vez de “farei-o”, o correto é “fá-lo-ei”.
  • Em vez de “faria-o”, o correto é “fá-lo-ia”.

Essa inversão, embora pareça arcaica para muitos, é a forma prescrita pela gramática normativa.

A Linguagem Coloquial: Um Caminho Mais Simples

Na linguagem do dia a dia, a formalidade da norma culta muitas vezes cede espaço à praticidade. É muito mais comum ouvirmos e usarmos construções como:

  • Vou fazê-lo: Em vez de “fá-lo-ei”
  • Ia fazê-lo: Em vez de “fá-lo-ia”

Essas formas, utilizando o verbo auxiliar “ir” e o infinitivo “fazer”, são amplamente aceitas na comunicação informal e conferem mais naturalidade à fala.

A Escolha Consciente: Norma Culta vs. Linguagem Coloquial

A chave para usar o verbo “fazer” corretamente reside na consciência do contexto. Em situações formais, como redações acadêmicas, documentos oficiais ou apresentações importantes, a forma “fá-lo-ei” (e suas variações) é a mais indicada. Já em conversas com amigos, familiares ou em textos menos formais, o “vou fazê-lo” soa mais natural e adequado.

Conclusão:

O verbo “fazer” no presente do indicativo, apesar de sua aparente simplicidade, nos lembra da riqueza e das nuances da língua portuguesa. Ao compreendermos as regras gramaticais e as adaptações da linguagem coloquial, podemos nos expressar com precisão e elegância em qualquer situação. Lembre-se: a escolha da forma correta depende do contexto e da intenção comunicativa. Ao dominar essa flexibilidade, você estará no caminho certo para uma comunicação mais eficaz e autêntica.