Como saber os graus dos adjetivos?

5 visualizações

As mangas são tão doces quanto os pêssegos (igualdade). As toranjas são menos doces que as mangas (inferioridade). Entre os frutos tropicais, a manga é a mais doce (superlativo relativo de superioridade). Já entre os citrinos, a toranja é a menos doce (superlativo relativo de inferioridade).

Feedback 0 curtidas

Desvendando os Graus dos Adjetivos: Uma Análise Detalhada e Prática

Entender os graus dos adjetivos é fundamental para expressar nuances e precisão na língua portuguesa. Mais do que simplesmente descrever, os adjetivos podem revelar comparações, hierarquias e intensidades. Neste artigo, vamos mergulhar nos graus dos adjetivos de uma maneira clara e didática, com exemplos que ilustram como usar essa ferramenta linguística de forma eficaz.

O que são os Graus dos Adjetivos?

Em sua forma básica, o adjetivo expressa uma qualidade de um substantivo. No entanto, podemos modular essa qualidade para indicar diferentes níveis de intensidade. É aí que entram os graus dos adjetivos: formas gramaticais que expressam a intensidade com que uma característica se manifesta em relação a um ou mais elementos.

Os Principais Graus dos Adjetivos

Existem três graus principais dos adjetivos:

  1. Grau Normal: Apresenta a característica de forma simples e não comparativa.

    • Exemplo: A casa é grande.
  2. Grau Comparativo: Estabelece uma comparação entre dois ou mais elementos, considerando a característica expressa pelo adjetivo.

    • Existem três tipos de comparativo:
      • Comparativo de Igualdade: Indica que a característica se manifesta com a mesma intensidade em ambos os elementos. Usa-se a estrutura: tão + adjetivo + quanto/como.
        • Exemplo: As mangas são tão doces quanto os pêssegos.
      • Comparativo de Inferioridade: Indica que a característica se manifesta com menor intensidade em um dos elementos. Usa-se a estrutura: menos + adjetivo + que/do que.
        • Exemplo: As toranjas são menos doces que as mangas.
      • Comparativo de Superioridade: Indica que a característica se manifesta com maior intensidade em um dos elementos. Usa-se a estrutura: mais + adjetivo + que/do que.
        • Exemplo: O abacaxi é mais ácido que a melancia.
  3. Grau Superlativo: Expressa a característica no seu grau máximo de intensidade.

    • Existem dois tipos de superlativo:
      • Superlativo Absoluto: Expressa a característica no seu grau máximo, sem estabelecer comparação com outros elementos.
        • Superlativo Absoluto Analítico: Formado por um advérbio de intensidade (como muito, extremamente, imensamente) seguido do adjetivo no grau normal.
          • Exemplo: Aquele filme é muito bom.
        • Superlativo Absoluto Sintético: Formado pelo adjetivo no grau normal acrescido do sufixo -íssimo (ou suas variações).
          • Exemplo: Aquela torta está deliciosíssima.
      • Superlativo Relativo: Expressa a característica no seu grau máximo em relação a um grupo ou conjunto.
        • Superlativo Relativo de Superioridade: Indica o elemento que possui a característica no grau mais elevado dentro de um grupo. Usa-se a estrutura: o/a/os/as + mais + adjetivo + de/entre.
          • Exemplo: Entre os frutos tropicais, a manga é a mais doce.
        • Superlativo Relativo de Inferioridade: Indica o elemento que possui a característica no grau menos elevado dentro de um grupo. Usa-se a estrutura: o/a/os/as + menos + adjetivo + de/entre.
          • Exemplo: Já entre os citrinos, a toranja é a menos doce.

Dicas e Observações Importantes

  • Adjetivos Irregulares: Alguns adjetivos possuem formas irregulares no comparativo e superlativo de superioridade, como:

    • Bom – melhor (comparativo), ótimo (superlativo absoluto sintético).
    • Mau – pior (comparativo), péssimo (superlativo absoluto sintético).
    • Grande – maior (comparativo), máximo (superlativo absoluto sintético).
    • Pequeno – menor (comparativo), mínimo (superlativo absoluto sintético).
  • “Que” vs. “Do Que”: Utilizamos “que” ou “do que” para comparar? A regra geral é usar “que” antes de substantivos e pronomes, e “do que” antes de verbos ou expressões que indicam uma circunstância.

    • Exemplo (correto): Ele é mais alto que eu. (pronome)
    • Exemplo (correto): Ele gosta mais de ler do que de assistir TV. (verbos)
  • Concordância: É crucial garantir a concordância entre o adjetivo e o substantivo ao qual ele se refere, em gênero e número.

Conclusão

Dominar os graus dos adjetivos é essencial para aprimorar a precisão e a expressividade da sua escrita e fala. Ao entender as nuances dos graus comparativos e superlativos, você estará apto a construir frases mais ricas e informativas, transmitindo suas ideias com clareza e impacto. Pratique, explore os diferentes graus e observe como eles são utilizados em textos diversos. Com o tempo, você os incorporará naturalmente ao seu vocabulário e a sua comunicação se tornará ainda mais eficaz.