Como saber se a concordância nominal está certa?

9 visualizações

Para verificar a concordância nominal, observe o substantivo principal: adjetivos, artigos, pronomes e numerais que o acompanham devem concordar em gênero (masculino ou feminino) e número (singular ou plural) com ele. Exceções existem, mas essa regra geral garante a harmonia da frase.

Feedback 0 curtidas

Desvendando a Concordância Nominal: Mais que uma Regra, um Toque de Harmonia na sua Escrita

A concordância nominal, muitas vezes vista como um bicho de sete cabeças gramatical, é, na verdade, a alma da harmonia em uma frase. Ela rege a relação entre o substantivo e seus acompanhantes – adjetivos, artigos, pronomes e numerais –, garantindo que “conversem” no mesmo gênero (masculino ou feminino) e número (singular ou plural). Dominar esse aspecto da língua portuguesa eleva a clareza e a elegância da sua escrita, evitando ruídos na comunicação.

Pense no substantivo como o sol, e em seus satélites – adjetivos, artigos, pronomes e numerais – como planetas que orbitam ao seu redor, seguindo suas leis gravitacionais. Assim, se o “sol” (substantivo) é feminino e singular, seus “planetas” também devem ser. Por exemplo, em “a casa amarela”, “casa” é feminino e singular, influenciando “a” (artigo) e “amarela” (adjetivo) a concordarem com ela.

Mas, como em todo sistema, existem algumas nuances, algumas “constelações” particulares que exigem atenção. A regra geral, como mencionamos, é a concordância com o substantivo principal. No entanto, algumas situações pedem uma análise mais apurada:

  • Adjetivo ligado a mais de um substantivo: Quando um adjetivo se refere a mais de um substantivo, a concordância pode variar. Se o adjetivo vier após os substantivos, ele concordará com o mais próximo ou com todos eles. Exemplo: “Comprei camisa e calça nova” ou “Comprei camisa e calça novas”. Já se o adjetivo vier antes dos substantivos, a concordância geralmente se dá com o substantivo mais próximo. Exemplo: “Velha camisa e calça”.

  • Cores compostas: Em cores compostas, apenas o último elemento varia. Exemplos: “Camisas verde-escuras”, “Calças azul-claras”. Exceção: “Azul-marinho” e “Azul-celeste” são invariáveis.

  • Palavras como “mesmo”, “próprio”, “anexo”, “obrigado”, “incluso”: Essas palavras funcionam como adjetivos e concordam em gênero e número com o substantivo a que se referem. Exemplos: “Ela mesma fez o bolo”, “Eles próprios consertaram o carro”, “As cartas seguem anexas”, “O rapaz disse ‘obrigado'”, “As despesas estão inclusas”.

  • Expressões como “é proibido”, “é necessário”, “é bom”: Com substantivos de sentido genérico, essas expressões ficam invariáveis. Exemplos: “É proibido entrada”, “É necessário cautela”. No entanto, se o substantivo estiver determinado por artigo ou pronome, a concordância ocorre. Exemplos: “É proibida a entrada”, “É necessária a cautela”.

Dominar a concordância nominal é essencial para uma comunicação clara e eficiente. Ao entender as regras e suas exceções, você garante a harmonia da sua escrita e demonstra domínio da língua portuguesa, transmitindo credibilidade e profissionalismo em seus textos. Portanto, pratique, observe e aprimore seu conhecimento. Afinal, a língua é viva e, quanto mais a exploramos, mais bela e expressiva ela se torna.