Como se escreve facto com o novo acordo ortográfico?

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Com o novo acordo ortográfico, a palavra facto em Portugal mantém-se inalterada. A grafia fato prevalece no Brasil. O acordo visa uniformizar, não eliminar, diferenças linguísticas entre os países lusófonos. Facto permanece correto em Portugal, assim como fato no Brasil.

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Facto ou Fato: Desvendando a Grafia Correta Após o Acordo Ortográfico

O Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, implementado com o objetivo de unificar a ortografia entre os países lusófonos, gerou diversas dúvidas em relação à grafia de inúmeras palavras. Uma delas é “facto”, frequentemente utilizada em Portugal, e sua correspondente brasileira, “fato”. Afinal, qual a forma correta após o acordo? A resposta, na verdade, reside na compreensão da própria natureza do acordo.

É importante ressaltar que o acordo não visa homogeneizar completamente a língua portuguesa, eliminando todas as variantes regionais. Seu propósito central é simplificar e uniformizar a escrita, facilitando a comunicação e a compreensão entre os falantes dos diferentes países. Para isso, focou-se principalmente na eliminação de redundâncias e na padronização de certos aspectos ortográficos.

No caso específico de “facto” e “fato”, o acordo manteve ambas as formas como corretas, respeitando as variantes linguísticas de Portugal e do Brasil, respectivamente. Ou seja, em Portugal, a grafia tradicional “facto” continua válida e preferencial, enquanto no Brasil, “fato” permanece a forma usual.

Portanto, a ideia de que o acordo eliminou a palavra “facto” é um equívoco. O que ocorreu foi a manutenção da dualidade, reconhecendo a legitimidade de ambas as formas em seus respectivos contextos geográficos. Escrever “facto” em Portugal não é um erro, assim como usar “fato” no Brasil.

A chave para entender essa e outras particularidades do Acordo Ortográfico reside na sua essência: a busca pela unificação sem a imposição de uma variante sobre as outras. Ele procura aproximar as diferentes formas de escrita do português, sem desconsiderar as riquezas e nuances que caracterizam a língua nos diversos países onde é falada. Assim, “facto” e “fato” coexistem harmoniosamente no universo lusófono, cada qual em seu devido lugar.