Como se flexiona o adjetivo em grau?
A flexão de grau do adjetivo expressa a intensidade de sua característica. O comparativo relaciona qualidades, indicando igualdade (tão rápido quanto), superioridade (mais rápido que) ou inferioridade (menos rápido que).
A Dança da Intensidade: Flexionando Adjetivos em Grau
A beleza da língua portuguesa reside, em parte, na sua capacidade de expressar nuances sutis de significado. Uma dessas nuances é a capacidade de modular a intensidade de características descritas pelos adjetivos, através da flexão em grau. Diferente da flexão de gênero e número, que adaptam o adjetivo ao substantivo a que se refere, a flexão em grau foca na intensidade da qualidade expressa. Não se trata apenas de dizer “grande”, mas de qualificar o quanto grande algo é.
Existem três graus de intensidade para os adjetivos: o grau comparativo, o grau superlativo e o grau positivo (ou absoluto). Muitos se concentram no comparativo e superlativo, esquecendo a importância do grau positivo como base para a comparação e a superlação.
1. Grau Positivo (Absoluto): Este é o grau básico, sem comparação ou intensificação. É a forma simples do adjetivo, como encontramos em um dicionário. Exemplos: casa grande, homem inteligente, flor bonita. Aqui, a qualidade é apresentada sem acréscimo ou diminuição de sua intensidade. Ele serve como ponto de partida para os outros graus.
2. Grau Comparativo: Estabelece uma comparação entre duas ou mais qualidades, podendo ser:
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Comparativo de Igualdade: Indica que duas qualidades são iguais em intensidade. Usa-se a estrutura “tão…quanto”, “como”, ou “assim como”. Exemplos: Ela é tão inteligente quanto o irmão. ; Seu trabalho é tão importante como o meu. ; A prova foi tão difícil assim como esperávamos.
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Comparativo de Superioridade: Indica que uma qualidade é superior a outra. Utiliza-se “mais…que”, “mais…do que” ou, para adjetivos terminados em “-r”, “-s” ou “-z”, a forma irregular com acréscimo de “-ior” (melhor, maior, pior). Exemplos: Ele é mais alto que o pai. ; Este carro é mais potente do que aquele. ; A torta é melhor do que o pudim.
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Comparativo de Inferioridade: Indica que uma qualidade é inferior a outra. Emprega-se “menos…que”, “menos…do que”. Exemplos: Ela é menos alta que a irmã. ; Este trabalho é menos importante do que o anterior.
3. Grau Superlativo: Expressa a qualidade no seu grau máximo, podendo ser:
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Superlativo Relativo: Compara uma qualidade com outras de mesma espécie, indicando a superioridade ou inferioridade em relação a elas. Utiliza-se “o mais…”, “a mais…”, “o menos…”, “a menos…” seguido do adjetivo. Exemplos: Ela é a mais alta da classe. ; Este é o menos caro dos produtos.. Note que a superioridade/inferioridade é em relação a um grupo.
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Superlativo Absoluto: Exprime a qualidade no seu grau máximo, sem comparação explícita. Pode ser:
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Analítico: Usa-se um advérbio de intensidade (muito, extremamente, excessivamente) antes do adjetivo. Exemplos: Ela é muito inteligente. ; Ele é extremamente gentil.
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Sintético: O adjetivo sofre uma modificação na sua forma, geralmente com acréscimo de sufixos como “-íssimo”, “-érrimo” ou “-imo”. Exemplos: fortíssimo, excelentíssimo, magérrimo, simplicíssimo.
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Conclusão:
A flexão de grau dos adjetivos é um recurso expressivo fundamental para enriquecer a comunicação. Dominar seus diferentes tipos e usos permite uma descrição mais precisa e vivaz, evitando a repetição e a monotonia na linguagem. Compreender a diferença entre o comparativo de superioridade e o superlativo relativo, por exemplo, é crucial para a clareza e a precisão do discurso. A prática e a atenção à variedade de estruturas são chave para o domínio dessa importante ferramenta da língua portuguesa.
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