Como usar o hífen no final da linha?

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Para evitar que palavras com hífen sejam divididas inadequadamente, repita o hífen no início da próxima linha, como em deu-/-te ou arco-da-/-velha. Também é crucial evitar deixar uma vogal isolada no final ou início de uma linha, mesmo que ela forme uma sílaba.

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Quebrando a linha: o hífen e a elegância tipográfica

A quebra de linha, aparentemente trivial, pode ser uma verdadeira dor de cabeça para quem se preocupa com a estética e a correção de um texto. Um dos maiores desafios reside em lidar com palavras hifenizadas, especialmente quando a divisão ocorre exatamente no hífen. A solução, porém, é simples e elegante: a repetição do hífen.

A regra básica é evitar a divisão indevida de palavras compostas ou hifenizadas. Imagine a palavra “auto-estrada”. Quebrá-la em “auto-” na primeira linha e “-estrada” na segunda compromete a leitura e a visualidade do texto. A solução, nesse caso, é transferir a palavra inteira para a linha seguinte, caso haja espaço disponível. Mas se a quebra for inevitável, a solução é a repetição do hífen:

auto-
-estrada

Essa técnica, além de preservar a integridade visual da palavra, mantém a coerência da leitura, evitando qualquer tipo de ambiguidade. A repetição do hífen sinaliza claramente que a palavra continua na linha seguinte, guiando o leitor de forma natural.

O mesmo princípio se aplica a outros casos, como “bem-vindo”, “guarda-chuva” ou mesmo expressões como “arco-íris”. A prioridade sempre deve ser manter a legibilidade e a estética do texto.

Mais do que o hífen: a questão silábica

Além da questão do hífen, é crucial considerar a divisão silábica. Independente da presença ou ausência de hífens, é fundamental evitar deixar uma vogal isolada no início ou fim de uma linha. Isso garante uma leitura mais fluida e evita que o texto pareça fragmentado. Por exemplo, evite quebras como:

a-
morango

ou

guarda-
-chuva (mesmo que esteja tecnicamente correto pelo hífen repetido, a vogal isolada “a” é indesejável)

Em ambos os casos, é preferível transferir a palavra inteira para a linha seguinte ou reorganizar a frase para evitar a quebra deselegante.

Tecnologia a nosso favor:

A boa notícia é que muitos processadores de texto modernos possuem recursos de hifenização automática que consideram tanto a divisão silábica quanto a presença de hífens. No entanto, é sempre importante revisar o texto final, garantindo que a quebra de linha não comprometa a legibilidade e a estética do documento. A revisão manual, mesmo com recursos automatizados, garante um resultado profissional e impecável.

Em resumo, a repetição do hífen, combinada com a atenção à divisão silábica, é a chave para uma quebra de linha correta e elegante, assegurando que a leitura seja fluida e agradável, mesmo em textos com palavras hifenizadas.