Devia fazer ou Devia de fazer?
A forma correta é devias fazer. O verbo modal dever exige o infinitivo, sem preposição. A estrutura correta é dever + verbo no infinitivo. Exemplos: Deve chover, Amanhã deve subir a temperatura.
“Devia fazer” ou “Devia de fazer”? Um debate sobre a norma culta
A dúvida sobre a forma correta entre “devia fazer” e “devia de fazer” é frequente, especialmente na língua falada. Embora a segunda opção seja bastante ouvida, a norma culta da língua portuguesa prefere a primeira: “devia fazer”. A questão reside no uso do verbo auxiliar “dever” e sua relação com o verbo principal no infinitivo.
O verbo “dever”, neste contexto, funciona como um modal, expressando obrigação, probabilidade ou conselho. Verbos modais, como “poder”, “querer”, “dever” e “ter”, exigem que o verbo seguinte apareça na forma infinitiva – sem a preposição “de”. A presença da preposição “de” configura um pleonasmo, ou seja, um vício de linguagem que consiste na utilização de palavras supérfluas, adicionando informações redundantes à frase.
A estrutura correta, portanto, é sempre “dever + infinitivo”. Analisemos alguns exemplos:
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Correto: Devia estudar mais para a prova.
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Incorreto: Devia de estudar mais para a prova.
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Correto: Devia ter avisado antes.
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Incorreto: Devia de ter avisado antes.
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Correto: Devemos comparecer à reunião.
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Incorreto: Devemos de comparecer à reunião.
A utilização de “devia de fazer” é um regionalismo ou coloquialismo bastante difundido, especialmente em algumas regiões do Brasil. Apesar de sua ampla utilização na linguagem informal e dia a dia, em contextos formais, como redações, trabalhos acadêmicos ou documentos oficiais, a forma correta e recomendada é sempre a que dispensa a preposição “de”.
A persistência do “de” pode estar relacionada à influência de outras estruturas verbais, onde a preposição é necessária. Entretanto, é crucial diferenciar esses casos do uso do verbo modal “dever”.
Em resumo, enquanto “devia de fazer” pode ser aceitável em conversas informais, a forma gramaticalmente correta e recomendada pela norma culta é “devia fazer”. A compreensão dessa distinção contribui para uma escrita mais precisa e adequada a diferentes contextos comunicativos. Priorizar a forma correta demonstra domínio da língua e respeito à norma culta, o que é fundamental em diversos aspectos da vida acadêmica e profissional.
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