O que é barbarismo e exemplos?
Barbarismos são erros de linguagem que afetam a correta grafia, pronúncia ou formação das palavras. Resultam do uso inadequado de termos, comprometendo a clareza e a norma culta. Observe exemplos comuns como gratuíto (correto: gratuito) e geito (correto: jeito), demonstrando a importância da precisão vocabular.
Barbarismos: Desvendando os Erros que Ferem a Língua Portuguesa
A língua portuguesa, como qualquer idioma vivo, está em constante transformação. No entanto, essa dinâmica não isenta o falante da responsabilidade de conhecer e empregar suas regras gramaticais e ortográficas. É neste contexto que surgem os barbarismos, erros que comprometem a clareza e a correção da escrita e da fala, ferindo a norma culta da língua.
Diferentemente de outros desvios de linguagem, como solecismo (erro de sintaxe) ou cacófato (combinação de palavras que resulta em som desagradável), o barbarismo foca especificamente na forma das palavras. Ele se manifesta como uma deturpação da grafia, da pronúncia ou da formação de vocábulos, resultando em termos inexistentes ou incorretos na língua padrão. A origem desses erros pode ser variada, desde influências de outras línguas até a simplificação descuidada da escrita e da fala, passando por analogias equivocadas.
Para entender melhor, vamos analisar os barbarismos sob três perspectivas:
1. Barbarismos Ortográficos: Estes são os erros mais comuns, envolvendo a grafia incorreta de palavras. A dificuldade ortográfica da língua portuguesa, com suas muitas regras e exceções, contribui significativamente para sua ocorrência. Exemplos clássicos incluem:
- “gratuíto” em vez de “gratuito”: A inserção indevida do acento agudo demonstra desconhecimento da regra de acentuação gráfica.
- “benvindo” em vez de “bem-vindo”: O hífen é crucial para a correta escrita de palavras compostas. Sua omissão configura um barbarismo.
- “adéus” em vez de “adeus”: A ausência do acento gráfico altera a pronúncia e a grafia correta.
- “intermédio” em vez de “intermediário”: A omissão ou acréscimo de letras modifica o significado e a forma correta da palavra.
2. Barbarismos Fonéticos: Esses barbarismos dizem respeito à pronúncia incorreta das palavras. Apesar de não serem registrados na escrita, comprometem a norma culta na oralidade. Alguns exemplos incluem:
- Pronunciar “rúbrica” como “rúbica”: A mudança de som da vogal “u” afeta a pronúncia correta.
- Utilizar o “r” retroflexo em palavras que não o exigem: Um vício de linguagem comum em algumas regiões, alterando o som original das palavras.
- A pronúncia incorreta de dígrafos como “ch” e “lh”: Ex: pronunciar “chá” como “xá” ou “lh” como “l”.
3. Barbarismos Morfológicos: Estes se referem à formação incorreta das palavras, geralmente por flexão inadequada ou criação de palavras inexistentes. Exemplos:
- “geito” em vez de “jeito”: Alteração da grafia original que resulta em palavra inexistente.
- “informaçãoes” em vez de “informações”: Erro de flexão verbal.
- Criar palavras novas sem fundamentação na língua, através de analogias incorretas: Por exemplo, criar verbos a partir de substantivos sem seguir as regras de derivação.
A persistência dos barbarismos na língua, seja na fala ou na escrita, demonstra a necessidade de constante atenção à norma culta. A leitura, a prática da escrita e o estudo da gramática são fundamentais para a prevenção e correção desses erros, garantindo a precisão e a elegância na comunicação. A busca pelo aprimoramento linguístico é um processo contínuo, e a consciência dos barbarismos é o primeiro passo para uma escrita e fala mais eficazes e respeitosas à norma culta da língua portuguesa.
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