O que é um verbo na passiva?

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A voz passiva mostra que o sujeito recebe a ação do verbo. Utilizando verbo auxiliar (como ser ou estar) e o particípio passado do verbo principal, o sujeito paciente se destaca. Existem as formas analítica e sintética.

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A Voz Passiva: Quando o Sujeito Sofre a Ação

A gramática portuguesa dispõe de diferentes formas de apresentar a ação verbal, sendo uma delas a voz passiva. Ao contrário da voz ativa, onde o sujeito pratica a ação (ex: O menino chutou a bola), na voz passiva o sujeito recebe a ação verbal, tornando-se o paciente da mesma. Em outras palavras, ele sofre a ação expressa pelo verbo.

Imagine a cena: alguém quebra um vaso. Na voz ativa, teríamos algo como “João quebrou o vaso”. Já na passiva, o foco muda para o vaso, que sofreu a ação de ser quebrado: “O vaso foi quebrado por João”. Note a mudança de perspectiva: o vaso, que era objeto direto na voz ativa, agora é o sujeito da oração na voz passiva.

Essa mudança de foco é alcançada pela utilização de um verbo auxiliar, geralmente o verbo “ser” (ou “estar” em alguns casos, principalmente para ações que se prolongam no tempo), conjugado no tempo e modo correspondentes ao verbo principal, acompanhado do particípio passado desse verbo principal. Esse particípio passado concorda em gênero e número com o sujeito passivo.

Tipos de Voz Passiva:

Existem duas principais formas de construir a voz passiva em português: a analítica e a sintética (ou pronominal).

  • Voz Passiva Analítica: Esta é a forma mais comum e explícita. Utiliza o verbo auxiliar “ser” (ou “estar”) mais o particípio passado do verbo principal. Exemplos:

    • O livro foi lido por muitos. (Verbo auxiliar “ser” + particípio passado “lido”)
    • A casa está sendo pintada. (Verbo auxiliar “estar” + gerúndio “sendo” + particípio passado “pintada”)
    • As cartas serão entregues amanhã. (Verbo auxiliar “ser” + futuro do presente + particípio passado “entregues”)
  • Voz Passiva Sintética (ou Pronominal): Nesta construção, a ação passiva é indicada pelo uso de um pronome apassivador (“se”) acompanhado de um verbo na terceira pessoa do singular ou plural. O sujeito paciente, neste caso, permanece geralmente no singular, mesmo que o verbo esteja no plural. É importante notar que, na voz passiva sintética, não há agente da passiva expresso. Exemplos:

    • Vendem-se casas. (Sujeito: casas; agente da passiva não expresso)
    • Consertam-se computadores. (Sujeito: computadores; agente da passiva não expresso)
    • Precisa-se de funcionários. (Sujeito: funcionários; agente da passiva não expresso)

Agente da Passiva:

Na voz passiva analítica, frequentemente, inclui-se uma expressão que indica quem praticou a ação, chamada de agente da passiva. Essa expressão é introduzida pela preposição “por” ou “de”. No entanto, o agente da passiva pode ser omitido, principalmente quando a informação não é relevante ou desconhecida.

Conclusão:

A voz passiva é uma ferramenta essencial na construção de frases, permitindo ao escritor ou falante ajustar o foco da sentença para o elemento que sofre a ação, enfatizando-o. A compreensão das diferentes formas da voz passiva – analítica e sintética – enriquece a capacidade de expressar ideias com clareza e precisão. Dominar sua utilização contribui para uma escrita mais sofisticada e versátil.