O que meter em interesses no currículo?

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Inclua no seu currículo hobbies que demonstrem habilidades valiosas, como leitura, escrita, produção de conteúdo, uso de redes sociais, culinária, voluntariado, esportes e música.

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Destacando o “Eu” Além do Profissional: Como Interesses no Currículo Podem Te Diferenciar (e o que Evitar!)

No competitivo mercado de trabalho, um currículo eficaz vai além de listar suas experiências e qualificações. Ele precisa contar uma história, a sua história. É aí que a seção de “Interesses” ou “Hobbies” entra em jogo. Longe de ser um mero acessório, essa parte do seu currículo pode ser a chave para abrir portas e demonstrar características que o diferenciam dos demais candidatos.

A grande questão é: o que colocar nessa seção? E como fazer isso de forma estratégica, sem cair em clichês ou apresentar informações irrelevantes?

Por que incluir interesses no currículo?

  • Humaniza o candidato: Mostra que você é mais do que um robô cumpridor de tarefas. Revela sua paixão, seus gostos e, em última análise, sua personalidade.
  • Demonstra habilidades transferíveis: Seus hobbies podem evidenciar habilidades valiosas para o trabalho, mesmo que indiretamente. Um cozinheiro amador pode demonstrar organização, criatividade e atenção aos detalhes, por exemplo.
  • Cria um ponto de conexão: Compartilhar um interesse em comum com o recrutador pode ser um ótimo quebra-gelo e criar um rapport durante a entrevista.
  • Reforça a sua marca pessoal: Se seus interesses estiverem alinhados com a vaga ou com a cultura da empresa, eles podem reforçar a imagem que você quer transmitir.

Hobbies que brilham (e as habilidades que revelam):

Esqueça a lista genérica de “ler, viajar e ir ao cinema”. Pense em hobbies que realmente mostrem algo sobre você. Aqui estão algumas sugestões, com as habilidades valiosas que podem evidenciar:

  • Leitura (de qualidade): Indica curiosidade, busca por conhecimento, capacidade de análise crítica e comunicação (se você participa de um clube de leitura, por exemplo).
  • Escrita (criativa ou técnica): Demonstra organização de ideias, comunicação clara e objetiva, domínio da língua portuguesa e, dependendo do tipo de escrita, criatividade e storytelling. Manter um blog pessoal ou contribuir para publicações online são ótimos exemplos.
  • Produção de conteúdo (vídeos, podcasts, posts em redes sociais): Revela habilidades de comunicação, criatividade, conhecimento de ferramentas digitais, organização, planejamento e, em alguns casos, capacidade de análise de dados (se você monitora o desempenho do seu conteúdo).
  • Uso de redes sociais (de forma estratégica): Se você gerencia uma página de interesse específico, demonstra conhecimento em marketing digital, branding pessoal, engajamento com o público e análise de métricas.
  • Culinária (e confeitaria!): Mostra organização, atenção aos detalhes, criatividade, capacidade de seguir instruções e, em alguns casos, habilidade em lidar com pressão (principalmente se você cozinha para grandes grupos).
  • Voluntariado: Evidencia proatividade, empatia, senso de responsabilidade social, capacidade de trabalhar em equipe e paixão por causas importantes.
  • Esportes (individuais ou em equipe): Demonstra disciplina, foco, resiliência, capacidade de trabalhar em equipe, liderança e organização. Participar de maratonas ou competições amadoras eleva ainda mais o valor.
  • Música (tocar um instrumento, cantar, compor): Revela disciplina, paciência, criatividade, sensibilidade artística e, em alguns casos, capacidade de trabalhar em grupo (se você participa de uma banda ou coral).

O que evitar (para não queimar o filme):

  • Mentir: Nunca invente hobbies que você não pratica. A mentira tem perna curta e pode ser facilmente descoberta durante a entrevista.
  • Informações genéricas: “Ler”, “viajar” e “sair com amigos” são clichês que não dizem nada sobre você.
  • Hobbies controversos ou polêmicos: Evite hobbies que possam gerar controvérsia ou ofender alguém (religião, política, etc.).
  • Excesso de detalhes: Seja conciso e objetivo. Não é preciso descrever cada hobby em detalhes.
  • Informações irrelevantes: Hobbies que não agregam valor ao seu perfil profissional devem ser omitidos.

Formatação e localização:

  • Nomeie a seção: Use “Interesses”, “Hobbies”, “Atividades extracurriculares” ou algo similar.
  • Posicionamento: Geralmente, a seção de interesses fica no final do currículo, após as experiências profissionais e a formação acadêmica.
  • Formato: Use uma lista simples e organizada, com frases curtas e diretas.
  • Adaptação: Se a vaga exigir habilidades específicas, priorize os hobbies que demonstrem essas habilidades.

Em resumo:

A seção de interesses do currículo é uma oportunidade valiosa para mostrar o “eu” além do profissional. Escolha hobbies que te representem de verdade e que demonstrem habilidades relevantes para a vaga. Seja honesto, conciso e estratégico. Com um pouco de planejamento, você pode transformar essa seção em um diferencial competitivo e conquistar a atenção dos recrutadores. Boa sorte!