O que significa linguagem normativa?
Linguagem normativa define as regras gramaticais, como concordância, regência, flexão, colocação de palavras e até pronúncia e acentuação. São as normas que estabelecem a correção linguística.
O que Significa Linguagem Normativa?
A linguagem normativa, em seu sentido mais amplo, estabelece as regras gramaticais que definem a “correção” de uma língua. Não se trata de um conceito fixo e imutável, mas sim de um conjunto de convenções que, ao longo do tempo, foram construídas e consolidadas por gramáticos, estudiosos e instituições. Entender o que ela significa implica compreender que seu objetivo é prescrever o uso correto da língua, com base em modelos considerados padrões.
Diferentemente do que alguns podem pensar, a linguagem normativa não busca impor uma única forma de expressão ou sufocar a criatividade. Seu papel é essencialmente oferecer um guia, um arcabouço estruturado para garantir a clareza e a inteligibilidade na comunicação. É como um mapa que, apesar de não ser a única rota possível, permite aos usuários se orientarem no território complexo da língua, evitando ambiguidades e erros que podem prejudicar a compreensão.
As regras da linguagem normativa abrangem diversos aspectos:
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Concordância: Estabelece a relação entre termos gramaticais quanto ao número e gênero, como o acordo entre sujeito e verbo. Ex: “O aluno estudam a matéria” (incorreto) vs “Os alunos estudam a matéria” (correto).
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Regência: Define a relação de dependência entre palavras, principalmente no que diz respeito a preposições e verbos. Ex: “O professor assiste à aula” (correto) vs “O professor assiste a aula” (em alguns contextos, ainda aceito, porém o uso de “à” tornou-se padrão).
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Flexão: Compreende as alterações nas palavras para indicar número, gênero, tempo, modo e pessoa. Ex: o verbo “andar” em diferentes tempos (andar, andava, andará).
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Colocação: Refere-se à posição das palavras na frase, especialmente em relação aos pronomes oblíquos átonos (me, te, se, lhe, nos, vos, etc.).
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Pontuação: Embora não seja estritamente gramatical, a pontuação é fundamental para a clareza e a organização sintática. Pontos, vírgulas, travessões, aspas, entre outros, tornam o texto compreensível e evitam ambiguidades.
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Acentuação: Regras sobre acentuação gráfica, que indicam a pronúncia de algumas letras.
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Pronúncia e ortografia: Embora a pronúncia não seja uma norma escrita, a ortografia derivada da norma falada estabelece como se escreve corretamente, garantindo uniformidade ao longo da língua escrita.
É importante ressaltar que a linguagem normativa não é estática. Ela evolui ao longo do tempo, acompanhando as mudanças na língua e na sociedade. Novas formas de expressão, gírias e regionalismos, mesmo quando não considerados “normais”, acabam por enriquecer e dinamizar a linguagem. O ideal é entender a linguagem normativa como um instrumento valioso para a comunicação eficaz, e não como um limite à expressão criativa.
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