Porque girassol tem dois SS?

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A palavra girassol recebe dois S na sua forma plural, girassóis, seguindo a regra gramatical para substantivos terminados em ol. Assim como farol vira faróis e anel se torna anéis.

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O Mistério (Resolvido!) dos Dois “S” no Girassol

A beleza radiante do girassol, com sua cabeça amarela seguindo o sol, encanta a todos. Mas já parou para pensar por que a forma plural dessa flor encantadora é “girassóis”, com dois “s”? A questão aparentemente simples esconde uma regra gramatical elegante e bastante comum na língua portuguesa.

A explicação reside na formação do plural dos substantivos terminados em “-ol”. A regra, simples e direta, dita que esses substantivos formam o plural adicionando “-is” ao final. Não se trata de uma mera coincidência ou capricho linguístico; é uma decorrência sistemática da estrutura da nossa língua.

Observe outros exemplos que seguem a mesma lógica:

  • Farol → Farois
  • Anel → Aneis
  • Cartola → Cartolas (Exceção aparente, veja explicação abaixo)
  • Módul → Módulos (Exceção que confirma a regra, veja explicação abaixo)

A aparente complexidade surge quando encontramos exceções aparentes ou palavras que, à primeira vista, parecem se desviar da regra. A palavra “cartola”, por exemplo, forma o plural “cartolas”, o que parece contradizer a regra do “-is”. No entanto, a aparente exceção não invalida a regra principal. “Cartola” não se enquadra na regra porque o sufixo “-ola” é a sua verdadeira terminação, e não o “-ol”. Assim, segue a regra geral de formação do plural para palavras terminadas em “-a”.

Outro exemplo que, em primeira análise, pode parecer uma exceção é “módulo”. Aqui, o plural é “módulos”, seguindo a regra de acréscimo de “-s”. A aparente exceção esclarece que nem todo vocábulo finalizado em “-ol” segue a regra do “-is”. Isso indica a importância de observar a estrutura morfológica completa da palavra, identificando a sílaba tônica e a verdadeira terminação, para aplicar a regra corretamente.

Portanto, o duplo “s” em “girassóis” não é um enigma, mas uma demonstração clara e concisa da aplicação regular de uma regra gramatical que governa a formação do plural de substantivos terminados em “-ol”. A beleza da língua portuguesa reside, em parte, nessa harmonia entre a aparente complexidade e a lógica subjacente à sua estrutura. Compreender essas regras enriquece nossa capacidade de usar a língua com precisão e elegância.