Quais foram as mudanças da nova ortografia?
A reforma ortográfica simplificou o uso do hífen em diversas situações e eliminou acentos diferenciais em certas palavras. Um exemplo notável é a supressão do acento agudo em ditongos abertos oi de paroxítonas. Assim, palavras como jóia, heróico e andróide perderam o acento, sendo grafadas agora como joia, heroico e androide, alinhando-se a termos já existentes como comboio e dezoito.
- Quais são as palavras que mudaram na nova ortografia?
- Quais palavras tiraram o hífen?
- Quais são os países que aderiram ao novo Acordo Ortográfico?
- O que mudou na última reforma ortográfica?
- O que muda na nova ortografia da língua portuguesa?
- Quais são as principais regras na ortografia da língua portuguesa?
A Nova Ortografia: Mais Simplicidade, Menos Acentos e Hífens
A reforma ortográfica do português, implementada em 2009 no Brasil (e com vigência plena a partir de 2016), trouxe consigo mudanças significativas na escrita, impactando principalmente o uso do hífen e dos acentos. Embora a intenção principal fosse a unificação ortográfica entre os países lusófonos, o resultado foi uma simplificação notável para os falantes brasileiros. Mas quais foram, especificamente, essas alterações?
Vamos analisar as principais mudanças, evitando redundâncias com informações amplamente disponíveis na internet, focando em nuances e exemplos menos explorados:
1. O Desaparecimento (Quase Total) do Hífen: Essa é, sem dúvida, a mudança mais perceptível. A reforma estabeleceu regras mais claras e concisas para o uso do hífen, reduzindo significativamente sua ocorrência. Muitos prefixos, antes ligados por hífen, passaram a ser escritos sem ele. Por exemplo, “auto-escola” tornou-se “autoescola”, “micro-ondas” virou “micro-ondas” (mantido apenas por se tratar de uma exceção) e “pré-escola” se transformou em “pré-escola”. A chave para entender essa mudança reside na análise da pronúncia e na existência ou não de dígrafos ou encontros consonantais. A regra, porém, é complexa e necessita de um estudo detalhado para sua aplicação correta. O foco aqui é destacar que a tendência foi a diminuição significativa do uso do hífen.
2. Adeus aos Acentos Diferenciais (Quase): A supressão do acento diferencial em palavras como “pára” (verbo) e “para” (preposição) causou polêmica na época. A ideia era simplificar a escrita, mas gerou insegurança em muitos. Embora a maioria dos acentos diferenciais tenha sido abolida, a exceção mais importante e que persiste até hoje é o acento em “pôr” (verbo) para distingui-lo de “por” (preposição). A permanência desse acento demonstra uma exceção que reforça a regra geral de simplificação, mas com a devida consideração de ambiguidades que poderiam surgir na prática da escrita.
3. Ditongos Abertos em Paroxítonas: Um Caso Particular: Como mencionado na introdução, a eliminação do acento agudo em ditongos abertos “oi” em palavras paroxítonas é um exemplo marcante. Palavras como “jóia”, “heróico” e “andróide” perderam o acento, tornando-se “joia”, “heroico” e “androide”. Essa mudança, embora significativa, não gerou grandes problemas de compreensão, pois o contexto geralmente esclarece o significado da palavra. O que a reforma fez foi regularizar a grafia, eliminando uma exceção desnecessária.
4. E os Acentos em Geral? Apesar das mudanças citadas, é importante lembrar que a acentuação gráfica como um todo não foi abolida. As regras de acentuação tônica continuam válidas e importantes para a correta escrita e leitura do português. A reforma apenas simplificou alguns casos específicos, buscando uniformidade e clareza.
Em resumo, a nova ortografia visou uma simplificação da escrita, reduzindo o uso do hífen e eliminando alguns acentos diferenciais, sem, contudo, modificar substancialmente as regras gerais de acentuação. Embora tenha gerado debates e adaptações, a reforma contribuiu para uma escrita mais uniforme entre os países de língua portuguesa, embora a complexidade das regras remanescentes continue a exigir atenção.
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