Quais são as duas formas de linguagem?

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Linguagem formal é usada em contextos formais, como reuniões e entrevistas, enquanto a informal é mais comum entre amigos e familiares. A diferença reside na formalidade, o grau de intimidade entre os interlocutores.

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A Dualidade da Linguagem: Formal x Informal

A língua portuguesa, assim como qualquer outra língua viva, apresenta uma fascinante dualidade: a capacidade de se adaptar a diferentes contextos comunicativos através de duas formas principais: a linguagem formal e a linguagem informal. Apesar de parecerem distintas e até opostas, ambas são igualmente importantes e refletem a riqueza e a flexibilidade do idioma. A chave para entender essa dualidade reside na percepção da relação entre os interlocutores e no objetivo da comunicação.

A linguagem formal, também conhecida como linguagem culta ou padrão, caracteriza-se pelo rigor gramatical, vocabulário preciso e estruturas sintáticas complexas, muitas vezes evitando gírias, coloquialismos e abreviações. Seu uso é predominante em situações que exigem objetividade, clareza e respeito, como:

  • Contextos acadêmicos: teses, dissertações, artigos científicos, trabalhos escolares.
  • Ambientes profissionais: relatórios, contratos, correspondências comerciais, reuniões corporativas, entrevistas de emprego.
  • Discursos públicos: palestras, apresentações formais, pronunciamentos oficiais.
  • Literatura: alguns gêneros literários, como poemas épicos ou romances de época, exigem uma linguagem formal para criar um efeito estético específico.

A linguagem informal, por sua vez, é marcada pela espontaneidade, flexibilidade gramatical e uso recorrente de gírias, coloquialismos, expressões populares e abreviações. A informalidade permite maior liberdade expressiva e aproxima os interlocutores, criando um clima de intimidade e descontração. É comumente utilizada em:

  • Contextos familiares e amigáveis: conversas cotidianas, mensagens de texto, redes sociais.
  • Situações informais de trabalho: entre colegas próximos, em ambientes descontraídos.
  • Linguagem literária: alguns gêneros literários, como crônicas, contos e cartas pessoais, podem empregar linguagem informal para criar proximidade com o leitor.
  • Linguagem oral: em geral, a linguagem oral tende a ser mais informal do que a linguagem escrita, mesmo em situações que exigem certo grau de formalidade.

É importante ressaltar que a distinção entre formal e informal não é absoluta. Existe um contínuo entre esses dois polos, com inúmeras variações intermediárias, dependendo do contexto específico e da relação entre os comunicantes. Uma conversa entre amigos pode apresentar momentos de maior formalidade, assim como uma reunião de trabalho pode permitir, em determinados momentos, o uso de linguagem mais informal. A chave é a adequação da linguagem ao contexto, demonstrando domínio da língua e sensibilidade comunicativa. A escolha equivocada pode gerar mal-entendidos, constrangimento ou até mesmo a quebra da comunicação. A habilidade de transitar entre esses dois registros linguísticos é fundamental para uma comunicação eficaz e adequada em diversos contextos da vida.