Quais são as novas palavras da língua portuguesa?

Novas Palavras que Entraram para o Nosso Dicionário: Uma Linguagem em Constante Evolução

A língua portuguesa, como um ser vivo, está em constante transformação. As novas tecnologias, a ascensão de movimentos sociais e a dinâmica da vida em sociedade impulsionam o surgimento de novos termos e a ressignificação de outros já existentes. A 6ª edição do Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (VOLP), lançada em 2019, reflete essa evolução, incorporando termos que traduzem a contemporaneidade e a maneira como pensamos e interagimos no mundo.

Do combate à discriminação à busca por justiça: Palavras como antirracista, compliance e feminicídio ganham lugar de destaque no dicionário, evidenciando a crescente preocupação com a justiça social e a busca por um futuro mais igualitário. Antirracista se refere à luta contra o racismo, enquanto compliance representa o cumprimento de normas e leis, especialmente no âmbito empresarial. Já feminicídio, como o próprio nome sugere, designa o assassinato de mulheres motivado por razões de gênero, denunciando uma realidade cruel e urgente de ser combatida.

O impacto da tecnologia e a busca por novas formas de trabalho e interação: Termos como coworking e judicialização refletem as mudanças no mundo do trabalho e na maneira como buscamos soluções para conflitos. Coworking se refere à prática de trabalhar em espaços compartilhados com outros profissionais, enquanto judicialização indica a crescente tendência de levar conflitos para o âmbito jurídico.

Novas realidades, novas palavras: Outros termos como sororidade, pós-verdade e necropolítica demonstram a emergência de novos conceitos e a necessidade de nomeá-los. Sororidade, um conceito fundamental para a luta feminista, representa a união e a solidariedade entre mulheres. Pós-verdade se refere à era em que a verdade é questionada e as emoções e crenças pessoais ganham mais peso que os fatos. Por fim, necropolítica denúncia a utilização da morte como instrumento de poder, explorando o sofrimento e a vulnerabilidade de grupos marginalizados.

A incorporação dessas novas palavras no VOLP demonstra que a língua portuguesa está viva e em constante diálogo com a realidade. É uma ferramenta fundamental para expressarmos nossas ideias e combatermos as injustiças sociais, e cabe a nós, como falantes, entendermos e nos apropriarmos desses novos termos para construirmos um futuro mais justo e justo e consciente.